Investing.com - O presidente da República, Jair Bolsonaro, voltou a defender a atuação do governo na esfera ambiental e disse que o desenvolvimento do país virá aliado à ‘agenda internacional ambiental’. Bolsonaro abriu evento Fórum de Investimentos Brasil, organizado pelo governo federal, que ocorre nesta quinta-feira e sexta-feira em São Paulo (SP).
Falando após Paulo Guedes, Ernesto Araújo e Onyx Lorenzoni, o presidente manteve um discurso parecido ao realizado na abertura da Assembleia Geral da ONU em setembro e disse que o Brasil está de volta no caminho do desenvolvimento e fez críticas à forma que as queimadas na Amazônia foram cobertas pela mídia e utilizadas pelos governos estrangeiros.
“A Amazônia é um patrimônio brasileiro”, disse o presidente, que defendeu que a área seja explorada de forma sustentável. “Queremos seguir a agenda internacional ambiental, que deve ser casada com o nosso desenvolvimento”, completou.
O garimpo na região deverá ser legalizado, de acordo com Bolsonaro. “Os índios querem investir nas terras e garimpar”, avaliou antes de completar que a extração deverá ser permitida a indígenas e brancos.
A questão das queimadas e proteção da Amazônia tem sido um teste para o governo federal, que tem sua base dividida na questão ambiental.
O agronegócio exportador teme sofrer restrições e barreiras com as dúvidas em relação à proteção do meio ambiente no país e acordos comerciais como o Mercosul e a Europa podem ser suspensos ou adiados. Já parte do governo nega as mudanças climáticas e reduz as fiscalizações em áreas de desmatamento e garimpo na Amazônia.
Onyx convida investidores
Antes de o presidente discursar, Onyx Lorenzoni falou para a plateia de empresários e investidores e defendeu que o Brasil mudou e que novas possibilidades de investimento surgem.
“Venha para o Brasil que terá uma ótima rentabilidade, ajudando no desenvolvimento”, disse Lorenzoni.
O ministro reafirmou o interesse expressado minutos antes por Guedes e Ernesto Araújo de que o Brasil quer entrar na OCDE e disse que reduzirá o “tamanho e o peso” do governo.