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Bolsonaro lança cartilha para candidatos e reforça polarização com Lula na eleição municipal

Publicado 28.01.2024, 18:00
© Reuters Bolsonaro lança cartilha para candidatos e reforça polarização com Lula na eleição municipal

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) lançou uma cartilha com bandeiras obrigatórias para apoiar candidatos a prefeito e vereador e reforçar a polarização com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições municipais deste ano.

Bolsonaro se juntou a seus três filhos políticos, neste domingo, 28, para uma live nas redes sociais. A família usou a transmissão para divulgar o lançamento de um curso de preparação de candidatos conservadores, inspirado nos cursos virtuais do escritor Olavo de Carvalho, morto em 2022.

Às 19h50, a live registrou audiência de 443.352 pessoas assistindo, somando as redes de Bolsonaro e do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho "03" do ex-presidente. A lista de bandeiras inclui respeito à Constituição, posições contra o aborto, contra a legalização das drogas, a liberdade de expressão e o armamento da população.

Bolsonaro abandonou o cenário amador das lives que promoveu durante o mandato no Palácio da Alvorada. Desta vez, câmeras e microfones profissionais, dos mesmos usados em podcasts na internet, mas sem intérprete da Língua Brasileira de Sinais (Libras). A bandeira do Brasil seguiu sendo exposta em cima da mesa.

"Vai ter a disputa Bolsonaro versus a esquerda. Busquem aqueles candidatos que tenham referência, esses princípios, que o presidente Bolsonaro criou dentro do nosso partido", afirmou o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ).

Na defesa dos valores da família, por exemplo, Jair Bolsonaro afirmou que "não é contra duas pessoas se amarem, mas isso não é para ir dentro da sala de aula". Na parte da liberdade de expressão, o ex-presidente se posicionou contra o Projeto de Lei das Fake News, em tramitação na Câmara. "Você vai perder sua liberdade também", disse à audiência.

A aposta da família Bolsonaro é formar candidatos e simpatizantes da direita para eleger políticos de oposição a Lula. O ex-presidente dedicou diversos momento da live para criticar o petista. Ele fez até uma "sugestão" ao presidente: "falar do seu governo, não ficar criticando Jair Bolsonaro". "Parece até que o Lula vai dormir, aproveitar que ele está recém-casado, em vez de falar eu te amo, ele fala Bolsonaro, aí a live brocha."

Outra proposta defendida pelo ex-presidente é a defesa do agronegócio, em uma tentativa de vincular o setor à direita, em oposição ao atual governo, citando ações e declarações de Lula que desagradaram ao setor. "O que leva uma pessoa a falar que o agro é fascista? O que leva uma pessoa a facilitar ações do MST, levando terror ao campo? O que leva uma pessoa, meses depois do Parlamento votar por quase unanimidade a questão do marco temporal, o governo vetar?"

O principal foco do grupo, na palavras do ex-presidente, será nas Câmaras de Vereadores. A intenção é eleger o maior número de parlamentares nas cidades brasileiras. Bolsonaro usou a live para elogiar o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, e mandou um "abraço" para o dirigente.

Bolsonaro nega envolvimento com morte de Marielle Franco

O ex-presidente Jair Bolsonaro usou a live para negar envolvimento com a morte da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes. Segundo Bolsonaro, "o mundo caiu na cabeça" dele após o assassinato. "Então, o que eu mais quero é que o fato seja elucidado. Eu nunca tive contato com a Marielle", afirmou, declarando que circulam várias "narrativas" para vinculá-lo ao homicídio.

Outro a se posicionar sobre Marielle foi o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), que foi colega da vereadora no Rio. Os dois tinham gabinete no mesmo andar. "A minha relação com a Marielle sempre foi muito amistosa", disse. O ex-policial Ronnie Lessa, acusado de matar a vereadora e o motorista, fechou um acordo de delação premiada com a Polícia Federal (PF) e teria citado o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE) Domingos Brazão como o mandante do crime, de acordo com a investigação.

Bolsonaro diz 8 de Janeiro é uma 'farsa' para condenar 'coitados'

Investigado pelos atos golpistas do ano passado, o ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou que o 8 de Janeiro é uma "farsa" e contestou a afirmação que houve uma tentativa de golpe de Estado após a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

"É uma farsa isso. Que 8 de Janeiro é esse que leva ao sofrimento inocentes, pobres coitados? Alguns depredaram, tem que pagar, como no próprio dia 8 dei uma tuitada, lamentei ocorrido", afirmou o ex-presidente na transmissão.

Bolsonaro foi apontado pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro no Congresso como um dos mentores dos atos, sendo o primeiro indiciado pelo colegiado. Na Procuradoria-Geral da República (PGR), ele não foi denunciado, mas é citado nas investigações.

"Golpe de Estado sem um tiro? Sem um fuzil? E cadê as inteligências, falam tanto da inteligência, que não levantaram isso?", questionou Bolsonaro na live.

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