O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, está a caminho de Nova York, nos Estados Unidos, para participar da reunião do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) que vai discutir a situação do conflito entre Israel e Palestina, que chegou ao 5º dia nesta 4ª feira (11.out.2023). O encontro foi convocado pelo Brasil para 6ª feira (13.out).
O chanceler cumpria agenda oficial no Camboja e, de lá, seguiria para as Filipinas, mas adiou a viagem ao Sudeste Asiático para comparecer à reunião de emergência, já que o Brasil preside o Conselho de Segurança ao longo do mês de outubro e tem a prerrogativa de convocar reuniões do colegiado.
Será a 2ª reunião do Conselho de Segurança da ONU para debater o conflito deflagrado no sábado (7.out). No fim de semana, o colegiado se reuniu a portas fechadas, mas nenhuma declaração foi emitida. Na ocasião, o Brasil foi representado pelo embaixador na ONU, Sérgio Danese.
Ainda no fim de semana, em nota, o Palácio do Itamaraty defendeu seu compromisso com a solução de 2 Estados, com Palestina e Israel convivendo em paz e segurança, dentro de fronteiras mutuamente acordadas e internacionalmente reconhecidas.
Na manhã desta 4ª feira (11.out), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez um apelo ao secretário-geral da ONU, António Guterres, e à comunidade internacional em defesa das crianças palestinas e israelenses.
Após intensificar o bombardeio contra a Faixa de Gaza nos últimos dias, o Ministério da Defesa de Israel informou que pretende ocupar o território por terra, o que pode ampliar o número de vítimas civis.
A Embaixada de Israel nos EUA informou que o número de mortos nos ataques do Hamas no fim de semana passa de 1.000. Os mortos são, em sua maioria, civis que foram baleados em casas, nas ruas e em um festival de música eletrônica realizado próximo à fronteira com a Faixa de Gaza. Ao menos 260 corpos foram encontrados no local.
Já o Ministério da Saúde de Gaza disse que os ataques aéreos retaliatórios de Israel tiraram a vida de pelo menos 830 pessoas e feriram mais de 4,3 mil até 3ª feira (10.out.2023).
A ONU afirmou que mais de 180.000 habitantes de Gaza ficaram desabrigados, muitos deles amontoados nas ruas ou em escolas. Além disso, pelo menos 11 funcionários da organização morreram em Gaza nos últimos dias em decorrência dos ataques israelenses.
Com informações da Agência Brasil.