O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta 4ª feira (20.nov.2024) que o Brasil está alinhado com o governo do presidente da China, Xi Jinping, na defesa do direito internacional, do multilateralismo e na solução pacífica de controvérsias. O país asiático é o maior parceiro comercial do Brasil, bem como na cobrança de uma reforma na governança global.
“A sinergia que estabelecemos hoje contribuirá de forma ainda mais efetiva para a consecução de nossos objetivos nacionais de inclusão social e de desenvolvimento sustentável”, declarou em jantar oferecido ao líder chinês no Palácio do Itamaraty, sede do Ministério das Relações Exteriores, em Brasília.
Lula adotou o termo “sinergia” para alinhar os interesses entre os 2 países e ter uma alternativa à adesão do Brasil à Rota da Seda. Mais cedo, em reunião ampliada no Palácio da Alvorada, os parceiros comerciais assinaram 37 acordos para a abertura de mercados em áreas de agricultura, intercâmbio educacional e cooperação tecnológica.
No discurso de brinde no jantar oferecido ao presidente chinês e à primeira-dama do país, Peng Liyuan, que completa 62 anos nesta 4ª feira (20.nov), Lula afirmou que a relação Brasil-China é um “exemplo de cooperação Sul-Sul”, e celebrou a gestão de Xi Jinping.
“É com grande admiração que olhamos para os resultados dos programas sociais chineses, que retiraram 100 milhões de pessoas da pobreza em 10 anos”, afirmou.
ACORDOS BRASIL-CHINA
Os presidentes do Brasil e da China assinaram nesta 4ª feira (20.nov.2024) um acordo que estabeleceu um plano de cooperação entre os 2 países para investimentos conjuntos em projetos prioritários. Serão criadas duas forças-tarefa nas áreas de cooperação financeira e desenvolvimento produtivo e sustentável. Os grupos terão 2 meses para apresentar propostas.
Nos Brasil, os investimentos poderão ser feitos em projetos do Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), do Plano Nova Indústria Brasil, do Plano de Transformação Ecológica e do Programa Rotas da Integração Sul-americana. Pelo lado chinês, os projetos serão selecionados no escopo da Iniciativa Cinturão e Rota (Belt and Road Initiative, em inglês), maior programa de infraestrutura chinesa no exterior.