A seca no rio Negro levou à antecipação do fim do ano letivo nas escolas ribeirinhas da região. De acordo com a prefeitura de Manaus, a previsão era que o ano letivo terminasse no próximo dia 17, mas as aulas serão encerradas nesta 4ª feira (4.out.2023). Com o rio praticamente sem água, professores e alunos têm dificuldade em chegar até as escolas. O calendário escolar na região é baseado na cheia e vazante dos rios. Assim, as aulas são iniciadas em janeiro e finalizadas em outubro.
Segundo a prefeitura, nas escolas do rio Amazonas, os alunos terão um calendário especial, com aulas remotas. A cada 15 dias, uma equipe pedagógica avaliará a possibilidade do retorno das atividades presenciais.
Alerta
Chega a 23 o número de municípios em situação de emergência no Amazonas em razão da forte seca que atinge o Estado.
Dos 62 municípios amazonenses, 35 cidades estão em situação de alerta, duas em atenção e duas em normalidade. O governador Wilson Lima (União Brasil) decretou situação de emergência em 55 municípios amazonenses afetados pela estiagem.
A perspectiva é que a situação se agrave em outubro, quando a seca deve ser mais intensa. A estimativa da Defesa Civil é que até dezembro cerca de 500 mil pessoas sejam atingidas pelos efeitos da estiagem no Amazonas.
Segundo o Inpa (Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia), além de El Niño, que aumenta a temperatura das águas superficiais do oceano na região do Pacífico Equatorial (BVMF:EQTL3), o aquecimento do Atlântico Tropical Norte, logo acima da linha do Equador, inibe a formação de nuvens, reduzindo o volume de chuvas na Amazônia.
O governo do Amazonas informou que adotou medidas para apoiar famílias nos setores de saúde e abastecimento de água, bem como na distribuição de cestas básicas, kits de higiene pessoal, renegociação de dívidas e fomento para produtores rurais.
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Com informações da Agência Brasil.