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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu nesta 5ª feira (16.out.2025) com bispos e congressistas evangélicos no Palácio do Planalto, em Brasília. Entre os presentes, estava o advogado-geral da União (AGU), Jorge Messias, tido como favorito à vaga aberta no STF (Supremo Tribunal Federal) com a aposentadoria de Luís Roberto Barroso.
Apesar de Lula ter evitado falar em nomes durante jantar com ministros do Supremo, a proximidade do advogado-geral da União em reuniões estratégicas reforça sua posição como o preferido pelo governo.
Messias, que é evangélico, reúne características valorizadas pelo Planalto para a vaga: ocupa cargo tradicionalmente visto como trampolim para o STF e tem relação de confiança com Lula.
A fé também o credencia como ponte com um eleitorado no qual o governo busca reduzir resistências. Ele já representou o governo em eventos como a Marcha para Jesus. O encontro com Lula não estava previsto na agenda oficial.
A reunião contou com a presença da ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), e do deputado federal Cezinha de Madureira (PSD-SP) –presidente da comissão da MP do tarifaço. Madureira já foi vice-líder do governo na Câmara durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) – de quem foi apoiador. Também é ex-coordenador da bancada evangélica.
Perguntado sobre Messias e sobre a reaproximação de Lula com os evangélicos para 2026, Madureira disse a jornalistas que a reunião tratou apenas de temas ligados à fé. “Estamos num período um pouco conturbado. Nós oramos pelo presidente“, afirmou.
Segundo a ministra Gleisi Hoffmann, os religiosos entregaram a Lula a Bíblia do Culto do Ministro e a edição de ouro do Centenário de Glória da Igreja, além de orarem pelo país e pelo presidente.
Entre os religiosos, participaram o bispo Primaz Manoel Ferreira, antigo líder da Assembleia de Deus, e o bispo Samuel Ferreira, líder da Assembleia de Deus do Brás.
“Pude reiterar a relação de respeito que tenho pela Assembleia de Deus e o relevante trabalho espiritual e social promovido pela igreja”, escreveu Lula nas redes sociais.
Além dos evangélicos, o presidente também tem mantido diálogos com a liderança católica, incluindo o recente encontro com o Papa Leão 14, reforçando a tentativa de ampliar sua base de apoio entre fiéis.