O plano de recuperação judicial do Grupo Petrópolis foi aprovado na noite de 2ª feira (11.set.2023) por 96,4% dos credores. Para entrar em vigor, o documento precisa ser homologado pela Justiça. O grupo tem dívidas de R$ 5,6 bilhões, com mais de 5.000 credores.
A empresa responsável pela produção das cervejas Itaipava, Crystal e Petra, entre outras marcas, protocolou o pedido de recuperação judicial em 27 de março. Um dia depois, a 5ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro determinou, por medida cautelar, a antecipação dos efeitos do processo. Assim, ficou bloqueada a cobrança de dívidas.
Se o plano for aprovado, a prioridade será o pagamento dos funcionários e ex-funcionários do grupo. As dívidas de até R$ 6.600 devem ser quitadas em até 30 dias contados a partir da homologação. Para os demais casos, os pagamentos serão parcelados de 11 a 84 vezes, conforme o valor devido.
Já os credores com garantias serão pagos até o final de 2035, com desconto de 70%. Os fornecedores e credores sem garantias têm 10 dias úteis a partir da homologação do plano para escolher se preferem receber o valor devido com desconto de 70% ou um pagamento de R$ 10.000 em até 30 dias. Para os que não se manifestaram, valerá a regra dos credores com garantia.
Eis a íntegra do plano de recuperação judicial (PDF – 478 kB) apresentado pela empresa na assembleia de 2ª feira (11.set).
A administração judicial do processo do Grupo Petrópolis foi atribuída à empresa Preserva-Ação Administração Judicial e ao escritório de advocacia Zveiter.
Nota do Grupo Petrópolis
“O Plano Consolidado de Recuperação Judicial do Grupo Petrópolis foi aprovado nesta segunda-feira, 11 de setembro, por 96,4% do total de votantes da Assembleia Geral de Credores, o que corresponde a 83,26% dos créditos sujeitos à recuperação judicial.
“Após a aprovação pela Assembleia, o Plano Consolidado será submetido à homologação judicial e, após homologado, entrará em vigor.
Dono das marcas Itaipava, Petra e TNT, entre outras, o Grupo Petrópolis acredita que o plano permitirá “a adoção de medidas necessárias para a readequação do endividamento e da estrutura de capital da companhia, permitindo a retomada dos investimentos e da produção nas suas fábricas e assegurando a geração de milhares de empregos diretos e indiretos em todo o país.”