Diante da judicialização do consignado do Auxílio Brasil, medida aprovada pelo governo Jair Bolsonaro (PL) em aceno à população mais pobre, o tema virou alvo no último debate televisivo entre candidatos ao governo de São Paulo, na TV Globo.
O candidato do PT, Fernando Haddad, usou a medida para atacar o adversário, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e o governo do atual presidente. "O juro do consignado do Auxílio Brasil está chegando na casa do cheque especial", provocou, questionando se a proposta favorece o "trabalhador que não consegue terminar o mês ou os bancos".
Em resposta, Tarcísio afirmou que "se consignado fosse tão ruim, não teria gente que iria judicializar, que iria se contrapor, que não iria reclamar". O consignado do Auxílio Brasil tem sido usado pela campanha do candidato à Presidência pelo PT, Luiz Inácio Lula da Silva, para disseminar a tese de que a medida aumenta o endividamento das famílias mais pobres.
O ex-ministro adotou o discurso de Bolsonaro ao dizer que o Auxílio Brasil "foi grande alívio" para as pessoas, especialmente as mulheres chefes de família, que receberam o benefício em valor dobrado. Ele aproveitou para exaltar ainda a criação do PIX, a "bancarização" da população e o perdão das dívidas do FIES.
Durante todo o primeiro bloco do debate, Haddad tentou vincular o ex-ministro aos problemas envolvendo a crise de oxigênio em Manaus, durante o auge da pandemia de covid-19.