O desempenho dos pequenos negócios da indústria caiu em setembro. O indicador fechou o período 45,1 pontos e ficou 1,4 ponto abaixo do registrado no mês anterior (46,5 pontos). Os dados constam no Panorama da Pequena Indústria da CNI (Confederação Nacional da Indústria). Eis a íntegra (706 – kB).
O desempenho considera alguns fatores próprios da indústria, como volume de produção e utilização do potencial de produção a partir da capacidade da fábrica. Também leva em conta os empregos criados pelo setor. Na prática, quanto maior o desempenho, melhor.
Os problemas centrais que motivaram a retração mensal foram, segundo o estudo, foram as elevadas cargas tributárias e taxas de juros. Também há destaque para “competição desleal e a falta de trabalhador qualificado”.
Mesmo que o índice tenha caído em setembro, permanece acima da média histórica de 43,8 pontos. A CNI afirma que isso representa um “desempenho relativamente positivo”.
SITUAÇÃO FINANCEIRA
O levantamento também mediu a situação financeira dos pequenos negócios da indústria. O resultado para o 3º trimestre de 2023 representou estabilidade –passou de 41,3 pontos no trimestre anterior para 41,4.
O índice é calculado com base em 3 fatores: margem de lucro operacional, situação financeira e acesso ao crédito.
Assim como no caso do desempenho, o resultado pode ser considerado positivo por estar acima da média histórica de 39,3 pontos de 3º trimestres anteriores, diz a CNI.
O valor foi puxado para baixo pelas pequenas indústrias extrativa e de transformação. Para cima, pelo segmento de construção do setor.
CONFIANÇA
O ICEI (Índice de Confiança do Empresário Industrial) para as indústrias de pequeno porte fechou aos 49 pontos em outubro de 2023. Houve queda de 0,9 ponto ante o mês anterior, representando uma piora.
A confiança de um negócio é medida de 0 a 100. Quanto mais próximo do valor máximo, melhor. Se estiver abaixo de 50, considera-se haver desaceleração.
“Analisando os últimos 10 meses, o ICEI manteve-se entre 47,6 pontos e 52,2 pontos, sendo apenas julho e agosto os meses em que registraram confiança. Isso mostra que empresários de pequeno porte têm ficado menos confiantes na maior parte do ano”, afirma a CNI.