O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu nesta 6ª feira (3.nov.2023) a prioridade no investimento em obras durante reunião com ministros da área de infraestrutura e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, no Palácio do Planalto. Ele pediu para os integrantes da equipe ministerial que sejam os “melhores gastadores” e “executores” e declarou que o governo não pode deixar “sobrar dinheiro”.
“Sempre disse o seguinte: para quem está na Fazenda, dinheiro bom é dinheiro no Tesouro, mas, para quem está na Presidência, dinheiro bom é dinheiro transformado em obras, em estradas, em escolas […] e saúde. Se o dinheiro tiver circulando e gerando emprego, é tudo que o um político quer e que um presidente deseja”, declarou.
A declaração do presidente foi feita em fala inicial na reunião e no momento em que a meta fiscal de zerar o déficit no próximo é questionada por integrantes do próprio governo e do Congresso. O ministro da Fazenda, entratanto, é contra a revisão da meta. A meta fiscal é considerada inviável por especialistas e foi desacreditada pelo próprio presidente Lula.
Na reunião, Lula mencionou que o ministro da Fazenda estava participando do encontro por ser o “libertador de dinheiro e o cara que põe dinheiro na mão dos ministérios”.
“A gente não pode deixar sobrar dinheiro que está previsto de ser investido nos ministérios”, disse Lula.
O chefe do Executivo declarou que é seu papel e do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) acompanhar o trabalho da equipe ministerial, enquanto cabe ao ministro Rui Costa (Casa Civil) “vigiar” os ministros.
“Se os ministérios forem bem, o Brasil vai bem, o governo vai bem, eu e Alckmin vamos bem. Se não fizerem direito, o Brasil vai mal e eu e o Alckmin vamos mal. Queremos que vocês sejam os melhores ministros desse país, melhores executores, melhores gastadores em obras de interesse do povo brasileiro”, declarou.
Eis a lista de participantes na reunião com Lula:
- vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin;
- ministro Rui Costa (Casa Civil);
- ministro Fernando Haddad (Fazenda);
- ministro Renan Filho (Transportes);
- ministro Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos);
- ministro Alexandre Silveira (Minas e Energia);
- ministro Juscelino Filho (Comunicações);
- ministro Waldez Góes (Integração e do Desenvolvimento Regional);
- ministro Jader Filho (Cidades);
- ministro Paulo Pimenta (Secretaria Especial de Comunicação Social);
- secretária Miriam Belchior (Casa Civil);
- secretário Maurício Muniz (Casa Civil).