O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) disse na 2ª feira (20.mai.2024) que o primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez (PSOE, o Partido Socialista Operário Espanhol) não tem coerência nem “moral” para cobrar o presidente da Argentina, Javier Milei (La Libertad Avanza, de direita). Ele criticou a posição do governo espanhol de chamar para consulta a embaixadora do país em Buenos Aires, María Jesús Alonso Jiménez.
Milei declarou no domingo (19.mai), sem citar Sánchez, que o primeiro-ministro tem uma mulher “corrupta” e que teve que pensar por 5 dias se ficaria no cargo. Em abril, Begonã Gómez, primeira-dama espanhola, foi acusada de tráfico de influência e corrupção. À época, Sánchez disse que considerou renunciar, mas acabou decidindo ficar na função.
“Pedro Sánchez não está acima da lei espanhola e a Espanha não é sua propriedade. Se não aguenta, que renunciasse quando estourou o escândalo”, declarou Eduardo em seu perfil no X (ex-Twitter). Segundo ele, o primeiro-ministro confunde a vida privada com a soberania da Espanha e da Argentina.
O deputado afirmou que quando o ministro dos Transportes espanhol, Oscar Puente, chamou Milei de “drogado” Sánchez “deve até ter rido”. Em 3 de maio, o ministro sugeriu que o presidente da Argentina tinha usado “substâncias” durante a campanha eleitoral de 2023.
O ministro de Assuntos Exteriores, União Europeia e Cooperação da Espanha, José Manuel Albares, exigiu no domingo retratação pública de Milei por causa da declaração sobre a mulher do primeiro-ministro. “Em caso de não pedir essas desculpas, tomaremos todas as medidas que cremos ser oportunas para defender nossa soberania e nossa dignidade”, disse Albares durante uma transmissão ao vivo.