O presidente dos EUA, Joe Biden, anunciou na 5ª feira (21.set.2023) mais um pacote de ajuda à Ucrânia. Durante a visita do chefe de Estado ucraniano, Volodymyr Zelensky, à Casa Branca, foram oferecidos US$ 325 milhões (cerca de R$ 1,6 bilhão no câmbio atual), sendo US$ 128 milhões em assistência militar e US$ 197 milhões em equipamentos de defesa aérea.
O valor, porém, ficou aquém do esperado por Zelensky. Os EUA também se recusaram a fornecer os mísseis de longo alcance ATACMS (sigla em inglês para sistema de mísseis táticos do Exército), almejados por Kiev.
Com alcance de 300 km de distância e capacidade para carregar cerca de 375 kg de explosivos, os mísseis poderiam ajudar a Ucrânia a recuperar a Crimeia, península anexada pela Rússia em 2014. Ao justificar a negativa, Biden disse que os EUA estão “tentando evitar a 3ª Guerra Mundial”.
O fato é que os aliados ocidentais da Ucrânia, incluindo o país norte-americano, demonstram cansaço em relação à guerra. Isso porque a esperada contraofensiva ucraniana mostrou avanços inexpressivos, mesmo com investimentos de US$ 75 bilhões só dos EUA desde o início do conflito, segundo dados do Kiel Institute for the World Economy. O montante inclui apoio humanitário, financeiro e militar.
Dezenas de outros países, incluindo a maioria dos integrantes da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) e da UE (União Europeia), também ofereceram grandes pacotes de ajuda à Ucrânia.
Antes de ir à Casa Branca, Zelensky visitou o Pentágono, sede do Departamento de Defesa dos EUA, onde se encontrou com o secretário de Defesa, Lloyd J. Austin 3º. Na sequência, foi ao Congresso norte-americano, que está dividido em relação aos gastos com a guerra, exige prestação de contas e um plano de vitória.