🤑 Não fica mais barato. Garanta a promoção com 60% de desconto na Black Friday antes que desapareça...GARANTA JÁ SUA OFERTA

Equipe de transição avalia PEC ou MP para garantir auxílio de R$600 em 2023

Publicado 07.11.2022, 17:42
Atualizado 07.11.2022, 20:35
© Reuters. 22/08/2022
REUTERS/Carla Carniel

BRASÍLIA/SÃO PAULO (Reuters) -A equipe de transição de governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva ainda estuda como equacionar o pagamento de 600 reais do Auxílio Brasil no próximo ano --se por medida provisória ou Proposta de Emenda à Constituição (PEC)--, e nessa conta entram tanto variáveis jurídicas como políticas.

Integrantes da transição discutiram nesta segunda a melhor alternativa legislativa, mas, segundo duas fontes --uma do PT e outra do Congresso-- não há definição ainda. Havia a expectativa de anúncio ainda nesta segunda do valor necessário para cobrir o benefício e eventuais despesas não previstas no Orçamento de 2023, segundo a fonte petista, mas a ideia foi descartada.

Essa mesma fonte acrescentou uma terceira possibilidade, híbrida: lançar mão de uma PEC com parte do valor desejado pelo próximo governo e também uma MP para complementar o restante dos recursos.

Toda essa engenharia para garantir os recursos sem esbarrar nos entraves jurídicos ou gastar uma jogada no campo político ainda será tema das conversas que Lula e o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, devem ter no decorrer da semana.

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) informou que deve avaliar com Alckmin "caminhos possíveis" para se conseguir ter a margem no Orçamento para o cumprimento das promessas de campanha. Alckmin deve chegar a Brasília pela manhã, segundo Randolfe, e Lula no fim do dia.

O assunto também deve ser abordado pelo vice-presidente em reunião com o relator geral do Orçamento de 2023, senador Marcelo Castro (MDB-PI), e integrantes da Comissão Mista de Orçamento (CMO) do Congresso, na terça-feira, confirmam duas fontes do Legislativo.

Na semana passada, membros da equipe de transição anunciaram a ideia de usar uma PEC para abrir exceção ao teto de gastos e adequar as despesas do ano que vem, o que ajudaria o presidente eleito a contemplar as promessas de campanha. A escolha traria mais segurança jurídica ao próximo governo e evitaria possíveis questionamentos judiciais.

O problema é que essa PEC teria de ser votada pelo atual Congresso, e ainda durante o governo do presidente Jair Bolsonaro. Por se tratar de uma alteração da Constituição Federal, a PEC tem um caminho mais complexo, e exige uma maioria de três quintos dos parlamentares, em dois turnos de votação tanto na Câmara como no Senado, fora a tramitação em comissões.

O senador Renan Calheiros (MDB-AL), alerta para o fato de que se optar pela chamada PEC da transição, o futuro governo Lula terá de negociar agora com o centrão, base do governo Bolsonaro e aliado do presidente na eleição. O grupo tem como uma das principais lideranças o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que já se movimenta por sua reeleição no comando da Casa.

Calheiros acredita não haver problema na edição de uma MP, já no início do mandato de Lula, para a abertura de crédito extraordinário, o que garantiria os 600 reais e mais um ou dois pontos dos problemas orçamentários levantados pela transição.

Os demais furos poderiam ser resolvidos no próprio Orçamento ou por instrumentos legislativos mais simples, como projetos de lei, defende o parlamentar.

"Uma MP não dará papel ao centrão no final do mandato parlamentar", disse Calheiros à Reuters.

O senador explica, por exemplo, que não é necessária uma PEC para mudar leis orçamentárias, assim como eventuais ajustes na regra de ouro também não exigem mudanças na Constituição: "Com medida provisória ou projeto de lei, resolve".

"A MP poderia resolver o problema do auxílio, duas coisas, ou três coisas. E o Orçamento resolve o resto. Não precisa requisitar Bolsonaro, nem centrão", avaliou.

© Reuters. 22/08/2022
REUTERS/Carla Carniel

Há dúvidas, no entanto, sobre a segurança jurídica dessa alternativa e é por isso que a equipe de Lula já iniciou conversas com o Tribunal de Contas da União (TCU), órgão de controle que ajuda o Congresso a acompanhar a execução orçamentária e financeira do país.

A articulação com o TCU, explica Calheiros, serve para "consubstanciar a segurança jurídica". E essa consulta ao tribunal, de acordo com a fonte da transição, deverá servir de base para a decisão de editar uma MP no início de janeiro ou de insistir na PEC agora.

(Reportagem de Maria Carolina Marcello, em Brasília, e Fernando Cardoso, em São PauloEdição de Alexandre Caverni e Pedro Fonseca)

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.