O presidente do Chile, Gabriel Boric, participou nesta 2ª feira (11.set.2023) do ato “Democracia Hoje, Amanhã e Sempre”, que relembra os 50 anos do golpe militar de Augusto Pinochet, no Palácio de La Moneda (sede da Presidência do país), em Santiago. O chefe do Executivo chileno afirmou que “o golpe de Estado não pode ser separado do que veio depois”.
“Desde o momento do golpe de Estado, os direitos humanos dos chilenos e chilenas foram violados”, disse Boric.
Boric disse ainda que o governo continuará a insistir “incansavelmente” que os problemas da democracia sempre possam ser resolvidos com mais democracia. “Um golpe de Estado nunca é justificável, nem violar os direitos humanos daqueles que pensam de forma diferente”, declarou.
O chefe do executivo do Chile falou sobre as pessoas que foram perseguidas por suas ideias, morreram ou foram obrigados a desaparecer durante a ditadura de Pinochet, além de terem sido torturados e presos.
“Lembrem-se de todos aqueles anônimos que protegeram os perseguidos e apoiaram os desamparados quando de um minuto para o outro toda a força do Estado se voltou contra eles. É também, queridos cidadãos, um dia para aprender o que aprendemos nestes 50 anos”, disse Boric.
Ao final do ato, Boric afirmou que não se arrepende “nem por um segundo de estar junto com o meu governo ao lado daqueles que sofreram”.
Familiares do ex-presidente Salvador Allende (1908-1973), deposto pelo general Augusto Pinochet (1915-2006) em 1973, também estavam na cerimônia.
Os presidentes da Colômbia, Gustavo Petro, do México, Andrés Manuel López Obrador, do Uruguai, Luis Alberto Lacalle Pou, da Argentina, Alberto Fernández, da Colômbia, Gustavo Petro compareceram à cerimônia. António Costa, primeiro-ministro de Portugal e o presidente do conselho federal da Alemanha, Peter Tschentscher, também foram ao evento.
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, e o ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida, representaram o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no evento.