O Ministério das Comunicações criou um comitê de crise para apoiar o Rio Grande do Sul no restabelecimento dos serviços de telecomunicações e nas ações humanitárias nas áreas atingidas pelo ciclone extratropical, que afetou grande parte do Estado no início do mês.
A portaria publicada neste 4ª feira (13.set.2023), no DOU (Diário Oficial da União) estabelece que o colegiado atuará até que a situação seja totalmente normalizada na região, sem prazo de duração.íntegra (PDF – 200 kB).
“Não iremos descansar enquanto não estiver assegurada a volta à normalidade para a região Sul”, disse o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, ao destacar a importância da comunicação para que as equipes de apoio humanitário possam atuar. “A comunicação, especialmente pela internet, também é um direito que devemos assegurar a todos”.
Desde 4 de setembro, chuvas intensas e enchentes atingiram 98 municípios no Estado, provocando 47 mortes, até o último balanço divulgado pela Defesa Civil, na manhã desta 4ª (13.set). 9 pessoas estão desaparecidas e 342.605 precisam de assistência.
Nos primeiros dias depois do desastre natural, o número de pessoas desabrigadas chegou a 4.794, mas conforme a ajuda foi chegando, esse número já diminuiu para 2.318. O Ministério das Comunicações anunciou que 39 cidades tiveram o sinal de telefonia móvel afetado, mas que foram restabelecidos nos dias seguintes.
Além disso, também foram instaladas 13 antenas de conexão banda larga via satélite nos municípios de Encantado, Roca Sales, Muçum, Santa Tereza, Lajeado e Arroio do Meio, com o objetivo de melhorar a conectividade durante o processo de reconstrução da região.
O comitê de crise será coordenado pelo ministro das Comunicações, e terá a participação de outros 6 integrantes da pasta, além de 2 representantes da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) e dois da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos.
A atuação do grupo tem como objetivos levantar informações e estabelecer prioridades sobre os danos causados aos sistemas de telecomunicações, além de coordenar doações e a prestação de apoio logístico para o atendimento das necessidades da população atingida pelos efeitos do ciclone.
Segundo informou o ministério, uma 1ª reunião emergencial já mobilizou o setor de telecomunicações e envolveu as empresas que operam na região. Segundo a pasta, além das ações emergenciais, como a liberação do roaming (área de cobertura) e o restabelecimento dos serviços, as operadoras também estão contribuindo com os seus braços sociais em ações humanitárias como doação de água, alimentos e roupas.
Com informações da Agência Brasil