Em entrevista coletiva realizada nesta quinta-feira, 29, sobre o esquema de segurança montado para a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, no dia 1º de janeiro, autoridades de segurança do governo do Distrito Federal buscaram tranquilizar a população e garantir que o evento será seguro. Os representantes afirmaram que não serão permitidas manifestações políticas contrárias à posse na região central de Brasília.
Desde o fim da eleição, apoiadores do presidente Jair Bolsonaro se reúnem em acampamentos em frente ao Quartel-General (QG) do Exército na capital federal para protestar contra o petista e fazer apelos golpistas por intervenção militar.
Entre as medidas anunciadas estão restrições de acesso à Praça dos Três Poderes. O local terá limite de 30 mil pessoas e será fechado às 12h30 - com uma possível janela entre 15h e 15h40 para entrada e saída de pessoas. Para evitar conflitos, uma área longe da região central será destinada a esse tipo de protesto. Autoridades disseram não ter uma previsão sobre o possível deslocamento de apoiadores de Bolsonaro para Brasília. Já em relação aos de Lula, a estimativa é que pelo menos mil caravanas cheguem à capital federal.
Representantes das polícias Federal, Civil, Militar e Rodoviária Federal reforçaram que 100% dos seus efetivos serão empregados no dia da posse.
No caso da Polícia Civil, o delegado garantiu que a instituição terá 300 policiais a mais auxiliando na segurança. Na PRF, o efetivo aumentou de 20 para 30 equipes em relação à última posse. "Haverá controle rigoroso de trânsito no dia da posse", informou o secretário de Segurança do Distrito Federal, Júlio Danilo.
Ele também disse que o governo local estará atento a todas as movimentações na cidade e que as equipes estão comprometidas a garantir a segurança de todos.
Em relação aos acampamentos bolsonaristas, as equipes de segurança do DF esperam orientações do Exército para atuar na desmobilização.
A decisão cabe às Forças Armadas porque os manifestantes estão em frente ao quartel-general, uma área militar. Danilo disse que uma operação para desmontar os acampamentos começou a ser realizada na manhã desta quinta, mas os militares desistiram de prosseguir por entenderem que a desmobilização pode ocorrer espontaneamente.