A operação “Raízes do Cedro”, realizada pelo governo federal para repatriação de brasileiros que estavam no Líbano, foi encerrada após o retorno de 2.663 pessoas em 13 voos entre os países.
Desse total, 1.198 eram mulheres, dentre elas 15 gestantes, 45 crianças de até 12 anos, 247 pessoas com deficiência e 290 idosos. Também foram transportados 34 animais domésticos durante as operações.
O governo federal resgatou ainda familiares argentinos, chilenos, libaneses, sírios, paraguaios, colombianos, palestinos, franceses, peruanos, jordanianos, uruguaios, venezuelanos e holandeses.
Outras 346 pessoas não foram até o aeroporto para realizar a viagem e volta, e mais 1.056 desistiram do resgate antes mesmo de finalizar o processo. O Ministério das Relações Exteriores já esperava tais casos de desistência.
A Força Aérea Brasileira realizou mais de 300 horas de voo na operação de resgate de brasileiros no Líbano, com a participação de 48 profissionais, entre eles 16 enfermeiros, 16 médicos e 15 psicólogos.
Dos 13 voos realizados, 12 foram feitos no avião KC-30 e um no KC-390 Millennium.
As aeronaves carregaram também 62,5 toneladas de alimentos e 27,3 toneladas de medicamentos e insumos hospitalares.
O governo federal investiu cerca de R$ 195 mil em hospedagem temporária e alimentação de 856 pessoas resgatadas no Líbano.
Uma equipe de 169 funcionários da Força Nacional do SUS (Sistema Único de Saúde) exerceu 2.400 atendimento aos resgatados. 1.815 atendimentos foram psicossociais e 627 assistenciais.
A empresa aérea Latam disponibilizou 83 passagens aéreas e outras 92 passagens de ônibus foram emitidas por meio de contribuição da sociedade civil.
A operação começou em 2 de outubro, quando as Forças Armadas de Israel atacaram o Líbano, tendo como alvo o Hezbollah.
Com a escalada dos conflitos no oriente médio, todas as operações de repatriação do governo federal precisaram ser revistas momentos antes de serem realizadas, incluindo as que já estavam autorizadas.
Um cessar-fogo no Líbano foi assinado recentemente entre Israel e o Hezbollah. O governo israelense disse que expandiria as áreas de ataque caso a trégua não fosse respeitada.