O ministro de Portos e Aeroportos, Sílvio Costa Filho (Republicanos), confirmou que o governo federal trabalha em um novo plano para a restrição de voos no aeroporto de Santos Dumont, no Rio de Janeiro. A proposta deve ser finalizada nos próximos 15 dias.
Em entrevista à Folha de S.Paulo, publicada nesta 2ª feira (23.out.2023), Costa Filho disse que estuda a possibilidade de limitar o número de voos em vez de estabelecer o raio de distância de viagens que chegam ou partem do local.
A regra que entraria em vigor em janeiro de 2024 estabelece que só viagens a uma distância máxima de 400 km do Santos Dumont poderiam usar o espaço para embarque e desembarque. A medida busca beneficiar o uso do Aeroporto do Galeão, que vinha sendo subutilizado.
“Estamos conversando com o prefeito Eduardo Paes (PSD-RJ), com o governador Cláudio Castro (PL), com todos os agentes envolvidos nessa construção, além do TCU. Uma das possibilidades é estabelecer um número específico de voos para o próprio Santos Dumont. Eu acho que poderia ser um bom caminho a gente limitar o número de voos e liberar a questão do raio para poder ampliar a aviação regional”, disse o ministro.
Na última 4ª feira (18.out.2023), Costa Filho se reuniu com o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), para discutir o assunto. O objetivo da aproximação é evitar a judicialização da medida, que já incomodou agentes do setor aéreo.
Durante a entrevista, Costa Filho também afirmou que aguarda o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) melhorar da cirurgia no quadril para falar sobre o programa Voa Brasil. O ministério já trabalha em uma proposta de modelagem econômica para apresentar em novembro ao petista.
Ao mesmo tempo, a frente de Portos e Aeroportos planeja a criação de uma Secretaria Nacional de Hidrovias. Segundo o ministro, o foco da iniciativa estará em contemplar “sobretudo a região Norte do país e pegando toda a Amazônia legal”.
“A gente tem hoje aproximadamente um orçamento já desenhado na ordem de mais de R$ 400 milhões em investimentos em hidrovias no próximo ano. São investimentos desde dragagens a estímulo à compra de barcaças através do fundo da Marinha”, declarou.