O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, foi ao Palácio da Alvorada, em Brasília, na noite desta 3ª feira (29.out.2024) para se reunir com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, acompanhou o titular da equipe econômica até à residência oficial do chefe do Executivo. Ele será o futuro presidente do Banco Central.
Outras autoridades os acompanharam:
- Dario Durigan – secretário-executivo do ministério;
- Guilherme Mello – secretário de Políticas Econômicas;
- Aloizio Mercadante – presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social);
- Rui Costa – ministro da Casa Civil.
Há expectativas em cima da equipe econômica sobre medidas estruturais para corte de gastos. Haddad já havia dito que o pacote depende do aval de Lula.
O ministro concedeu entrevista a jornalistas nesta 3ª feira (29.out.2024) e não deu prazo para o envio do pacote de medidas que revisam os gastos públicos. Sinalizou que o tema ainda está em tratativas com o Palácio do Planalto e que o presidente precisa decidir quais medidas adotar.
O governo se comprometeu a equilibrar as contas públicas em 2024. O objetivo é que os gastos sejam iguais às receitas –espera-se um deficit zero. Entretanto, pouco foi feito pelo lado das despesas. Por isso a pressão na equipe econômica pelo mercado.
O time de Lula aguardou o fim do período eleitoral para anunciar as propostas. Agentes do mercado financeiro esperam um pacote robusto para diminuir a expansão das despesas obrigatórias. O BPC (Benefício de Prestação Continuada), o seguro-desemprego e o abono salarial podem ser alvo de mudanças.
“Ele [Lula] está pedindo informações e a gente está fornecendo as informações que ele está pedindo”, declarou. Perguntado sobre quando será o envio das medidas, Haddad respondeu: “Não tem uma data. Ele que vai definir”.