O Qatar afirmou neste sábado (25.nov.2023) que 20 reféns – 13 israelenses e 7 estrangeiros – mantidos na Faixa de Gaza serão libertados nesta noite. O acordo exige que, em troca, Israel envie 39 prisioneiros palestinos de volta. Este será o 2º grupo liberado pelo grupo extremista Hamas. Na 6ª feira (24.nov), 24 pessoas retornaram para Israel.
De acordo com o ministro das Relações Exteriores do Qatar, Majed Al Ansari, “os obstáculos enfrentados” para negociar a liberação de novas pessoas foram superados por meio de contatos do Qatar e do Egito com as duas partes do conflito. O Hamas havia anunciado que adiaria o acordo caso Israel não permitisse a entrada de caminhões de ajuda humanitária na região norte de Gaza.
“Após um atraso, os obstáculos foram superados para libertar os prisioneiros por meio de contatos do Catar e Egito com as duas partes, e 39 civis palestinos serão libertados nesta noite, ao mesmo tempo em que 13 reféns israelenses deixarão Gaza junto com sete estrangeiros”, escreveu Majed Al Ansari no X (ex-Twitter).
O ACORDO
Na 1ª fase do acordo, o Hamas deve libertar cerca de 50 mulheres e crianças israelenses com menos de 19 anos detidas em Gaza, enquanto Israel deverá soltar aproximadamente 150 prisioneiros palestinos –a maioria mulheres e menores.Em comunicado publicado pelo Hamas na 4ª feira (22.nov) no Telegram, o grupo detalha outros termos do acordo. São eles:
- proibição do tráfego aéreo no sul de Gaza por 4 dias;
- proibição do tráfego aéreo no norte de Gaza por 6 horas em cada dia de trégua;
- livre circulação de pessoas, especialmente na rua Salah Al-Din, para facilitar o deslocamento do norte para sul de Gaza.