As Forças de Defesa de Israel disseram nesta 3ª feira (14.nov.2023) que estão enviando incubadoras de hospitais do país para centros de saúde na Faixa de Gaza. Segundo os militares, a medida é parte dos esforços para “minimizar os danos aos civis” do conflito com o Hamas.
“Estamos fazendo tudo o que podemos para minimizar os danos aos civis, ajudar na evacuação e facilitar a transferência de suprimentos médicos e alimentos. A nossa guerra não é com o povo de Gaza”, escreveu o Exército no X (antigo Twitter).
A agência humanitária da OMS afirmou na 6ª feira (10.nov) que metade dos 36 hospitais da Faixa de Gaza e 2/3 dos centros de saúde primária não estão mais funcionando. O diretor-geral da Organização Mundial de Saúde, Tedros Ghebreyesus, disse que o órgão entrou em contato com profissionais de saúde do maior hospital da Faixa de Gaza, o Al-Shifa, e afirmou que o local “não funciona mais como hospital” dado “os constantes tiroteios e bombardeios na área que agravaram as circunstâncias já críticas”.
No domingo (12.nov), o Comitê Internacional da Cruz Vermelha disse que os hospitais da região podem se tornar necrotérios devido ao corte de energia provocado pelas forças israelenses. A organização pediu que o governo de Israel interrompa este bloqueio, assim como o de água, para não agravar a crise humanitária na região e permitir o restabelecimento de tratamentos médicos a bebês e idosos.
“À medida que Gaza perde energia, os hospitais perdem energia, colocando em risco os recém-nascidos em incubadoras e os pacientes idosos que recebem oxigênio. A diálise renal é interrompida e os raios-x não podem ser realizados. Sem eletricidade, os hospitais correm o risco de se transformarem em necrotérios”, disse.
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