A possível escalada da conflito entre Israel e o Hamas, envolvendo países como o Irã, pode tornar esta uma guerra regional do Oriente Médio. A região tem algumas das forças militares mais poderosas do mundo. Em tamanho de efetivo, o Irã tem a maior força da região, com 610 mil militares na ativa. É mais de 3 vezes o contingente atual do Estado judeu, que tem 196 mil soldados.
Israel, por outro lado, começou uma ampla convocação de parte dos seus 465 mil reservistas. Somando os ativos e reservistas, o país tem 661 mil militares. Se entrar na guerra e chamar todos os seus 350 mil militares na reserva, o Irã pode chegar a 960 mil homens. Os dados são de um estudo do Instituto Internacional de Estudos Estratégicos.
A plataforma Global Security indica que o Hamas, por sua vez, teria cerca de 20 mil soldados. Trata-se de uma conta conservadora, já que a atuação do grupo é obscura. Não há estimativa sobre reservistas do Hamas, nem sobre seus equipamentos militares.
O Irã tem sinalizado que vai intervir caso Israel continue apostando numa escalada do conflito na Faixa de Gaza. O país mantém uma relação complexa com o Hamas, fornecendo apoio político e financeiro a eles ao longo dos anos, incluindo armas e financiamento para suas atividades.
Essa cooperação é justificada pelos objetivos comuns de resistência contra o Estado de Israel. O governo iraniano negou qualquer participação no ataque em 7 de outubro, mas celebrou a investida palestina. Avisou a ONU (Organização das Nações Unidas) que não aceitará uma guerra na Faixa de Gaza.
O Hezbollah, grupo extremista islâmico sediado no Líbano, também indica uma entrada no conflito contra Israel. Na última semana, o grupo realizou ataques contra Israel. O vice-líder do Hezbollah, Naim Qassem, chegou a falar em contribuição para o confronto e comemorou a ação do Hamas que resultou no atual conflito. O Hezbollah tem 100 mil militares na ativa, segundo estimativa.
Do ponto de vista de investimentos militares, o Irã também é o líder da região. Em 2022, o país investiu US$ 44 bilhões nas suas Forças Armadas. É mais do que o dobro do que o gasto com defesa do 2º colocado, que é Israel.
Equipamentos militares
Nem Israel, nem Irã. Em termos de arsenal bélico, o Exército mais poderoso do Oriente Médio, é o do Egito. O país tem 509 aviões de combate, 73 navios de guerra, milhares de tanques e blindados e 6.798 atiradores de mísseis.
O Egito tem um histórico de conflitos com Israel. Liderou a guerra dos 6 dias. No entanto, ainda que vizinho da Faixa de Gaza, não tem demonstrado interesse em se envolver no novo conflito.
Israel também se destaca com seus 345 aviões de combate, dentre eles, 315 caças. O Irã tem 312 (sendo 260 caças).
Os israelenses têm um dos maiores arsenais de mísseis da região, balísticos e de cruzeiro. A maioria é de curto alcance, mas tem uma linha mais potente. Também possui 90 ogivas nucleares.
Apesar de obscuro quanto a número de equipamentos, o Hamas detém mísseis de curto alcance, balísticos e mísseis antitanque. Mostrou esse poder durante o ataque a Israel no dia 7 de outubro.
O grupo extremista lançou 5 tipos de mísseis contra o país judeu. Um deles de longo chegou a ter alcance de 150 km.