O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes afirmou na noite desta 3ª feira (29.out.2024) que o “lero-lero” sobre a segurança das urnas eletrônicas não se repetiu nesta eleição.
Segundo Gilmar, que elogiou a condução da eleição municipal, as críticas e dúvidas que recaíam sobre a violabilidade das urnas em eleições passadas não se repetiram neste ano porque não houve um “incentivador”.
“Aquela toada em torno das ameaças que constituíam para a democracia as urnas eletrônicas, esse lero-lero, já não se repetiu porque não havia algum incremento, algum incentivador deste ambiente”, afirmou durante fala de abertura do 27º Congresso Internacional de Direito Constitucional, realizado no IDP (Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa), em Brasília.
Em 2023, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) tornou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) inelegível até 2030 por conta de uma reunião com embaixadores no Palácio da Alvorada, realizada em 2022. Na ocasião, Bolsonaro criticou justamente o sistema eletrônico utilizado no Brasil e sugeriu que a urna não era segura e poderia ser manipulada para alterar o resultado eleitoral.
Gilmar, no entanto, não citou nomes em sua declaração. Preferiu exaltar o clima de “muita paz” das eleições.
O IDP tem como um de seus fundadores o próprio Gilmar Mendes. Até 5ª feira (31.out), o congresso reunirá diversos ministros do STF, STJ (Superior Tribunal de Justiça) e do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), além do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.