O presidente diplomado da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), confirmou nesta quinta-feira, 29, a deputada eleita Sônia Guajajara (PSOL-SP) como ministra dos Povos Indígenas. A primeira sinalização de que comandaria a Pasta foi dada na primeira viagem internacional de Lula depois de eleito para o Egito, onde ocorria a Conferência do Clima (COP-27). Havia a expectativa, inclusive, de que o futuro chefe do Executivo poderia anunciar o nome de Sônia Guajajara no evento, o que acabou não acontecendo.
Com a promessa de mais representatividade em seu governo, Lula escolheu uma mulher para o ministério. Na COP-27, o presidente eleito fez um discurso de reparação dos direitos dos povos indígenas e destacou a importância dos cuidados com o ecossistema em meio às discussões sobre mudanças climáticas.
Crítica ao governo de Jair Bolsonaro (PL), Sônia Guajajara destacou os problemas durante a atual gestão, e enfatizou no Egito que denunciou o atual governo pelos crimes de "ecocídio" e genocídio no Tribunal de Haia.
A futura ministra já destacou que sua pasta deve ter uma atuação mais de articulação do que de execução em 2023 e está resiliente que secretarias e órgãos importantes para esses povos, como a Funai e a Secretaria da Saúde Indígena, seguirão em outros ministérios, como ocorre hoje - nestes casos, na Justiça e Saúde, respectivamente. "Em princípio, será um ministério de articulação, até porque o orçamento de 2023 ainda não contempla o ministério", afirmou durante uma de suas passagens pelo Centro Cultural do Banco do Brasil (BVMF:BBAS3) (CCBB), onde funciona o governo de transição.