SÃO PAULO (Reuters) - Em mais uma visita ao Rio Grande do Sul após o Estado ser devastado por enchentes que mataram ao menos 172 pessoas, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quinta-feira que a reconstrução das cidades destruídas pela tragédia deve ser feita com responsabilidade e não ocorrer em locais que sejam vulneráveis a enchentes.
Durante visita a um bairro da cidade de Cruzeiro do Sul, no Vale do Taquari e uma das mais afetadas pelo maior desastre climática da história gaúcha, Lula ouviu de moradores que a região estava sem estruturas como creches e postos de saúde e alertou que o bairro não poderá ser reconstruído na mesma região, pois trata-se de um local "reservado para a água".
Lula também voltou a prometer que o governo federal dará respostas imediatas aos esforços de reconstrução e disse ser necessário levar em conta que a tragédia é um caso excepcional.
"Eu acho que não tem ninguém no mundo que reclama mais da burocracia do que eu. É tudo muito difícil, muito complicado. Então eu fiz esta semana uma reunião para fazer um apelo ao superintendente da Caixa aqui do Rio Grande do Sul para que ele saiba que se trata de um caso excepcional", disse Lula.
"Precisamos dar rápido a resposta que o povo precisa. Qual é o drama nosso? Precisamos reconstruir com muita responsabilidade. Não podemos fazer escolas e casas em lugares com enchentes", acrescentou.
(Reportagem de Lisandra Paraguassu)