O presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) trocaram acusações sobre envolvimentos com o tráfico de drogas e a milícia no primeiro debate do segundo turno da eleição para o Planalto, na noite deste domingo, 16.O embate começou após Bolsonaro questionar o petista sobre a não transferência de Marcola, chefe do Primeiro Comando da Capital (PCC), para um presídio de segurança máxima durante a gestão de Geraldo Alckmin (PSB), hoje candidato a vice de Lula, no Estado de São Paulo.
O ex-presidente respondeu dizendo que o adversário é "amigo dos milicianos". "Os bandidos você sabe onde tá. Tinha um vizinho seu que tinha 100 armas em casa. Acha que os grandes bandidos estão na favela. Os grandes bandidos estão em lugar dos ricos. Os pobres são trabalhadores", disse Lula, ao lembrar da ligação entre a família de Bolsonaro e Adriano da Nóbrega, chefe da milícia Escritório do Crime, morto em uma ação policial na Bahia em fevereiro de 2020.O presidente rebateu, dizendo que Lula teve maior votação no primeiro turno em presídios e citando a visita do petista ao Complexo do Alemão, no Rio, na semana passada. "Não tinha um policial ao seu lado. Só traficante. O Marcola foi flagrado. Teve ligação telefônica grampeada. E ele diz ali que prefere o senhor do que a mim", respondeu.
"Eu não fui votado nos presídios. Eu fui votado pelo povo brasileiro. Eu tenho 6 milhões a votos a mais que você, com toda essa gastança que você fez", ironizou Lula.