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Lula escolhe 4 empresas de mídia para estancar queda de popularidade

Publicado 24.04.2024, 20:42
© Reuters Lula escolhe 4 empresas de mídia para estancar queda de popularidade

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) escolheu nesta 4ª feira (24.abr.2024) 4 empresas de comunicação digital para tentar resolver o problema da queda de popularidade da gestão petista. A licitação será de R$ 197.753.736 e o contrato tem duração inicial de 1 ano. O valor é considerado o maior da história do Executivo federal para o setor da comunicação.

Eis a lista de empresas selecionadas e seus respectivos slogans:

  • Moringa L2W3 – “Tem muita informação falsa que parece verdade”;
  • consórcio BR e Tal, composto pela BRMais e a Digi&Tal. D – “Duvide. Pesquise. Denuncie. Fake news a gente combate juntos”;
  • Area Comunicação – “Não seja um faker”; e
  • Usina Digital – “Fake news. Não caia nessa”.

O anúncio das 4 empresas –de um total de 24 que estavam concorrendo– foi feito no Salão Nobre do Ministério das Comunicações, às 9h. O Poder360 esteve presente na audiência pública, em Brasília.

As companhias selecionadas irão atender demandas da Secom (Secretaria de Comunicação Social) e de órgãos que compõem a Sicom (Sistema de Comunicação de Governo do Poder Executivo Federal).

Segundo o edital lançado pelo governo, as 4 empresas escolhidas devem determinar tarefas como a implementação de soluções de comunicação digital e moderação de conteúdo e de perfis em redes sociais. Eis a íntegra do edital (PDF – 223 kB).

PROCESSO DE ESCOLHA

A escolha das companhias foi feita com base em soluções propostas pelas mesmas para combater fake news. Ao lançar a iniciativa, o governo determinou que cada uma das empresas deveria apresentar um plano de comunicação digital com estratégias e ações de combate à disseminação de informações falsas sobre temas referentes ao governo.

O anúncio desta 4ª feira (24.abr) foi feito por comissão técnica do governo, com base nas notas que cada uma das empresas recebeu por suas respectivas propostas. Até o momento do anúncio, a comissão não sabia qual empresa havia recebido cada nota.

Na audiência, as 24 empresas tiveram suas notas divulgadas. No final da manhã, a comissão chegou ao ranking das 4 selecionadas. No entanto, o resultado ainda não era definitivo.

As empresas que tiveram notas menores decidiram por encerrar sua participação na audiência, mas as companhias que estavam logo abaixo das vencedoras no ranking continuaram, pois ainda havia a chance de reverter o placar.

Depois de um intervalo de cerca de uma hora e 30 minutos para o almoço, a comissão retomou às 14h as atividades para avaliar os preços e as documentações daquelas com as maiores notas. Caso uma das companhias apresentasse alguma incongruência, a mesma seria desclassificada, dando lugar às que vinham em seguida no ranking.

Agora, as agências que não foram selecionadas têm um prazo de 3 dias para entrar com recursos contra o resultado. A comissão terá mais 3 dias para responder.

APOSTA DO GOVERNO PARA QUEDA DE POPULARIDADE

O Planalto aposta que, com essas contratações, o governo poderá ter um controle melhor da entrega do conteúdo à população. A administração Lula reclama de não ter ferramentas de segmentação de entregas. Dessa forma, é como se o governo não conseguisse atingir o público alvo de cada ação lançada pela União.

A licitação para as empresas de comunicação se dá depois de a gestão petista presenciar uma queda de popularidade. O governo vem patinando sobre sua atuação e como se apresentar nas redes sociais.

O mau desempenho do governo na comunicação tem sido alvo de críticas de Lula –o próprio presidente tem atribuído publicamente à área a queda na sua popularidade. A expectativa, nos bastidores, é que de maio a junho as novas ferramentas já estarão contratadas e funcionando.

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