(Corrige título e texto; esclarece números de resposta espontânea e acrescenta resposta estimulada)
BRASÍLIA (Reuters) - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lidera a disputa pelo Palácio do Planalto entre os eleitores de Minas Gerais com 45% das intenções de voto contra 40% do presidente Jair Bolsonaro (PL), apontou nesta quinta-feira pesquisa Genial/Quaest realizada no segundo maior colégio eleitoral do país.
Em Minas, os indecisos somam 8%, enquanto os que pretendem votar nulo ou em branco, ou simplesmente não comparecer às urnas, chegam a 7%. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais.
Na resposta espontânea, quando os nomes dos candidatos não são apresentados, Lula teve 42% e Bolsonaro somou 38%. Nessa resposta, os indecisos no Estado somam 14%, ao passo que 6% pretendem votar nulo ou em branco, ou ainda simplesmente não comparecer às urnas, segundo o levantamento.
Considerados os votos válidos, Lula tem 53% entre os mineiros, e Bolsonaro soma 47%. No primeiro turno, Lula venceu em Minas com 48,29% dos votos válidos contra 43,60% de Bolsonaro.
A pesquisa Genial/Quaest apontou ainda que 91% dos entrevistados consideram a sua escolha eleitoral definitiva, ao passo que 8% podem mudar de ideia.
A sondagem tentou apurar ainda resultados ponderados, em votos válidos, tomando como base modelo que leva em conta os eleitores com maior probabilidade de votar ("likely voter"), na intenção de minimizar possíveis distorções nas estimativas de votos nas urnas. Neste grupo, Lula conta com 52,2% contra 47,8% de Bolsonaro.
Eventual alta taxa de abstenção tem sido avaliada como negativa principalmente ao candidato do PT, que tem a preferência de eleitorado de mais baixa renda e, portanto, com mais dificuldades de comparecer às urnas.
Com quase 16,3 milhões de eleitores, Minas Gerais fica atrás apenas de São Paulo (34,6 milhões) entre os maiores colégios eleitorais do país. Além disso, o Estado é marcante nas eleições uma vez que todos os presidentes eleitos venceram a disputa lá desde a redemocratização.
A pesquisa Genial/Quaest ouviu 2.200 pessoas entre a segunda e a quarta-feira, portanto após repercussão da prisão do ex-deputado Roberto Jefferson, aliado de Bolsonaro, no domingo. Na ação, Jefferson disparou tiros de fuzil e granadas de efeito moral, ferindo dois agentes da Polícia Federal.
(Reportagem de Maria Carolina Marcello)