O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse hoje que a sua campanha deve aproveitar o segundo turno para corrigir erros e garantir uma vitória em São Paulo. Na primeira rodada da disputa, o petista teve 40,89% dos votos válidos no Estado, quase 7 pontos porcentuais menos do que o presidente Jair Bolsonaro (PL), com 47,71%.
"No primeiro turno, a gente não teve a quantidade de votos que a gente tinha que ter. Talvez não soubemos pedir o voto com a maestria que deveríamos saber. O segundo turno serve para a gente fazer reparos naquilo que a gente se equivocou, naquilo que a gente errou", afirmou, durante entrevista em Campinas (SP). Lula voltou a afirmar que está "convencido" de uma vitória em São Paulo no segundo turno, tanto para presidente quanto para o candidato do PT ao governo do Estado, Fernando Haddad. Ele exaltou a importância do ex-governador Geraldo Alckmin (PSB), agora candidato a vice-presidente na chapa petista, na disputa pelo Estado.
Criticado durante o primeiro turno por não detalhar propostas concretas para o caso de ser eleito, o petista disse que, em 20 dias que faltam para o segundo turno, vai "começar a mostrar o que nós vamos fazer". "A quantidade de obras que nós vamos ter que fazer, que estão paralisadas. A quantidade de Minha Casa, Minha Vida que nós deixamos quase pronta para ser entregue e que não foi entregue", afirmou.
De acordo com o ex-presidente, o único feito do governo Bolsonaro foi inaugurar parte das obras que foram deixadas pelos governos petistas. Sobre a estratégia para o segundo turno, Lula disse que é preciso convencer eleitores que se abstiveram no último dia 2 a votar. Ele disse ainda que seu adversário sabe que vai perder as eleições. "Ele sabe que vai perder as eleições e, por isso, ele está doido, por isso ele endoidou, por isso ele ficou nervoso, xingando todo mundo e ofendeu nordestino, ofendeu os indígenas", afirmou Lula.