Manifestantes protestaram neste sábado (23.set.2023) contra a saída do Reino Unido da UE (União Europeia). Os participantes da 2ª edição da NRM (Marcha Nacional de Reingresso, na sigla em inglês) se reuniram no Hyde Park e caminharam pelas ruas de Londres, capital da Inglaterra, até a Westminster Square (NYSE:SQ), praça em frente ao Parlamento Britânico, onde realizaram um comício. Para o grupo, o Brexit foi “um grande erro”.
De acordo com estimativas dos organizadores, o ato reuniu cerca de 3.000 pessoas. O grupo usou roupas azuis, a cor representativa do bloco europeu, bandeiras da UE e diversos cartazes pedindo a volta do país ao bloco. Pessoas de outros países europeus também estiveram no ato.
O Reino Unido deixou o bloco em 31 de janeiro de 2020, depois que um referendo realizado em 2016 mostrou que 52% dos ingleses queriam a saída da União Europeia. Apesar do referendo, o processo de transição foi conturbado, com 3 acordos negados e a saída de 2 premiês. O Poder360 explicou o processo nesta reportagem.
O líder e fundador do NRM, Peter Corr, declarou que a decisão de organizar a marcha foi porque “parecia que todos tinham desistido” da causa. Ele também disse que a saída do Reino Unido foi “um grande erro”, especialmente para a classe trabalhadora e pessoas mais pobres. “Pagamos por isso e precisamos fazer algo a respeito”, declarou o motorista de caminhão.
Um dos oradores do comício na Praça do Parlamento, Ceira Sergeant, afirmou que tinha 14 anos em 2016 quando o referendo sobre a permanência do país na bloco foi deliberado. Por isso, grande parte de seus colegas “nunca tiveram a oportunidade de fazer ouvir as suas vozes”.
A copresidente do Grupo dos Verdes, grupo político europeu, na assembleia e integrante do Parlamento Europeu pela Alemanha, Terry Reintke, declarou que os europeus enxergaram os eventos, como Marcha Nacional de Reingresso, com “muita simpatia”.
Ela também afirmou que “o Reino Unido conseguiu construir um dos maiores movimentos pró-europeus em toda a Europa”. Segundo ela, dá para “sentir que há muitos milhões de pessoas no Reino Unido que querem voltar a aderir à UE”. Por fim, Reintke disse que a “porta estaria aberta” caso o Reino Unido tivesse vontade de voltar a pertencer à UE.