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Manifestantes pró-Palestina fazem atos em várias capitais do mundo

Publicado 05.11.2023, 00:06
Atualizado 05.11.2023, 00:10
© Reuters.  Manifestantes pró-Palestina fazem atos em várias capitais do mundo

Diversas cidades do mundo registraram protestos pró-Palestina neste sábado (4.nov.2023). Manifestantes pediram o fim dos bombardeios de Israel a Gaza e chamaram os ataques de “genocídio”.

Os protestos foram registrados em Washington (EUA), Londres (Reino Unido), Paris (França), Berlim (Alemanha), Milão (Itália), Daca (Bangladesh), Toronto (Canadá) e Wellington (Nova Zelândia). No Brasil, houve manifestações em ao menos 3 Estados.

Assista (1min31s):

Esta não é a 1ª onda de protestos a favor da causa palestina desde o início do conflito entre Israel e Hamas, em 7 de outubro. Ao longo do último mês, outras manifestações foram registradas na Europa, Ásia, Oriente Médio e nas Américas.

O conflito entre Israel e Hamas já deixou 10.775 mortos, segundo informou a Al Jazeera na 6ª feira (3.nov.2023). Do total, 9.370 são palestinos, sendo que a maioria (9.227) estava na Faixa de Gaza. No conflito, pelo menos 1.405 israelenses morreram. Os dados não podem ser confirmados de forma independente.

ENTENDA O QUE É GENOCÍDIO

A palavra “genocídio” frequenta o noticiário político brasileiro em tempos recentes, sobretudo por causa da pandemia da covid-19. Governantes e políticos foram classificados como genocidas por não seguirem o que era o padrão dos procedimentos recomendados para combate ao coronavírus.

Ocorre que ser irresponsável ou tomar decisões contrárias ao senso comum na área de saúde pública ou em locais de conflitos bélicos não configura genocídio, quando se leva em conta o significado real do termo. O Poder360 fez uma reportagem a respeito do que é genocídio: leia aqui.

A palavra genocídio apareceu em 1944, durante a 2ª Guerra Mundial. Foi criada pelo advogado Raphael Lemkin (1900-1959), judeu polonês, para conceituar os abusos sofridos pelas vítimas do governo nazista. Vem da junção de genos, palavra grega que significa “tribo”, com cide, expressão latina para “matar”.

Segundo o professor do Instituto de Direito da PUC-Rio, Michael Freitas Mohallem, “o genocídio é o ato de destruir um grupo, seja étnico ou religioso, mas tem um elemento importante que é a intenção de um agente de erradicar um grupo específico”. Em suma, quem comete genocídio precisa deliberadamente desejar exterminar um grupo populacional.

Em 1948, o genocídio passou a ser definido como crime quando a ONU (Organização das Nações Unidas) realizou um evento para tratar sobre o tema, a “Convenção para a Prevenção e a Repressão do Crime de Genocídio”. No marco do direito internacional, os países-membros da organização se comprometem a fiscalizar e punir possíveis autores.

No caso da guerra entre Hamas e Israel, o conflito começou depois de um ataque por mar, terra e ar do grupo extremista ao território israelense em 7 de outubro de 2023. Nessa investida bélica surpresa, o Hamas matou indistintamente homens, mulheres e crianças, inclusive mais de 200 jovens que participavam de uma rave (festa). O grupo tem um estatuto público no qual inclui como um de seus propósitos a extinção de Israel.

Leia mais em Poder360

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