A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro pousou nos Estados Unidos na noite de terça-feira, 14, para se encontrar com o ex-presidente Jair Bolsonaro, que está no país desde antes do seu mandato ser finalizado, no final de 2022. Ao chegar a um evento com empresários brasileiros, Michelle fez um discurso de cunho religioso sobre "continuar lutando", e Bolsonaro se emocionou durante a fala. O ex-chefe do Executivo afirmou que agendou o dia 29 de março com uma possível volta para o Brasil
"Só agradecer a Deus e pedir para que Deus leve ele (Jair Bolsonaro) logo para a Nação que ele tanto ama, a nação que ele lutou tanto e continuará lutando", disse Michelle em vídeo publicado nas redes sociais do ex-ministro do Turismo Gilson Machado Neto.
Durante o evento, Bolsonaro respondeu a uma série de perguntas e afirmou que pretende voltar para o Brasil ainda em março. "Eu sempre marco uma data para voltar. A data marcada agora é dia 29 deste mês. Sete dias antes a gente estuda a situação: como está o Brasil, como estão os contatos aqui", disse.
No início do mês, o Estadão relevou a tentativa do governo Bolsonaro de trazer ilegalmente para o Brasil um conjunto de colar, anel, relógio e um par de brincos de diamantes avaliados em 3 milhões, o equivalente a R$ 16,5 milhões. As joias eram um presente do regime da Arábia Saudita e foram apreendidas no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo.
A repercussão negativa do caso também respingou nos planos políticos para Michelle, que assumiu a presidência do PL Mulher. A ideia era aproveitar a data do Dia Internacional da Mulher, mas a divulgação do caso das joias levou o partido a adiar a cerimônia preparada para dar visibilidade à ex-primeira-dama. O PL diz que o evento de posse está "em organização" e que a data ainda será definida.
"Continuem orando pela nossa nação que é linda, maravilhosa, rica, prospera, abençoada e se não fosse não triamos tanto urubus em cima", disse Michelle nos Estados Unidos.