A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro voltou a criticar neste sábado (30.set.2023) a agora ex-ministra Rosa Weber, do STF (Supremo Tribunal Federal), que votou a favor da descriminalização do aborto até a 12ª semana de gestação. Se referindo a ela como “ex-juíza”, Michelle disse que Rosa deixou um “legado de morte e mãos sujas de sangue”.
“Um legado de morte que a ex-juíza deixou para o nosso Brasil, mas continuaremos lutando contra ela”, disse Michelle em evento do PL Mulher em Salvador. Ao lado da deputada federal Priscila Costa (PL), que está grávida, a ex-primeira-dama mostrou ao público um boneco de plástico, que representaria o feto nas 12 primeiras semanas. “Não ao aborto e sim a vida”, declarou.
Assista (5min20s):
Michelle já havia criticado o voto de Rosa em outras ocasiões. Em 21 de setembro, ela elencou uma série de críticas ao tema nas redes sociais e declarou: “Não ao legado de morte” e à “carnificina humana”.
Dias depois, a ex-primeira-dama disse que a esquerda “tenta legalizar o assassinato de crianças”. A declaração foi feita por meio de um vídeo transmitido na 4ª conferência do Cpac Brasil, evento anual de representantes da direita no Brasil.
“A esquerda, com todo seu aparelhamento, tenta legalizar o assassinato de crianças por meio do aborto. Quer liberar as drogas e destruir as famílias e faz de tudo para calar as vozes que lhe são contrárias”, afirmou Michelle.
STF
Em 22 de setembro, o STF começou a julgar uma ação que tenta descriminalizar o aborto feito por mulheres com até 12 semanas de gestação. Única a votar até agora, a ex-ministra Rosa Weber, que deixou a Corte nesta semana, votou a favor da medida.
Depois, entretanto, o ministro Roberto Barroso pediu destaque, o que levou a ação ao plenário físico do STF. A retomada da análise do caso dependerá do próprio ministro, já que, agora como presidente da Corte, o magistrado tem a prerrogativa de definir a pauta dos julgamentos.
Com a análise do caso na Suprema Corte, a oposição no Senado se articulou para realizar um plebiscito sobre o aborto. Na 3ª feira (26.set), o líder da Oposição na Casa, Rogério Marinho (PL-RN), anunciou a oficialização do pedido de consulta à população. A medida foi protocolada no Senado com 45 assinaturas.