O jornalista e editor Alberto Parahyba Quartim de Moraes, reconhecido articulista e editorialista do Estadão, morreu neste domingo, 4, em razão de um câncer de estômago, aos 81 anos. Além de sua passagem marcante pelo jornal, teve vida profissional intensa, trabalhando com editoração de livros, publicidade, teatro e política.
Ele se tornou jornalista do Estadão nos anos 1960, iniciando como repórter de Política e se tornando editor e chefe de reportagem em poucos anos. Ao deixar o jornal, continuou atuando com jornalismo político, tanto em Brasília quanto em São Paulo. Seu conhecimento nesse cenário e seu trabalho também na vida sindical, contestando a ditadura militar, renderam-lhe um espaço na chefia da campanha de André Franco Montoro ao governo de São Paulo, em 1982. Com Montoro eleito, tornou-se secretário de Comunicação.
Ao sair do governo, montou a própria empresa de divulgação e começou a ter um grande contato com o mundo do teatro, tornando-se conceituado como estudioso e entusiasta do teatro brasileiro. Atuou também na criação e nos primeiros sete anos da Editora Senac e reformulou a Códex.
Em 2018, lançou livro próprio - Em Anos de chumbo: o teatro brasileiro na cena de 1968. Ali, narrou como diferentes grupos e movimentos teatrais enfrentaram o recrudescimento do regime militar com o Ato Institucional n.º 5 (AI-5).
Voltou ao Estadão, como editorialista, e fez parte da equipe de articulistas até recentemente. Era casado com Mônica, pai de Carlos Felipe e Maria Eduarda e deixa cinco netas. O velório vai ser na Vila Alpina, em São Paulo, a partir das 8 horas desta segunda. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.