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Mortes por policiais sobem 72% em SP no 3º trimestre

Publicado 26.10.2023, 10:59
© Reuters.  Mortes por policiais sobem 72% em SP no 3º trimestre

As mortes causadas por policiais em São Paulo subiram 72% no 3º trimestre de 2023, segundo dados da SSP-SP (Secretaria de Segurança Pública de São Paulo). O período, que vai de julho a setembro deste ano, registrou 153 casos envolvendo policiais civis e militares. Em 2022, o mesmo intervalo teve 89 óbitos do tipo.

No compilado do ano até o momento, 2023 conta com 374 mortes por policiais. O 1º trimestre registrou 116 casos, enquanto o 2º ficou em 105. O valor já corresponde a 89% dos episódios relatados em 2022, que encerrou o ano com 421 registros.

Os números consideram mortes provocadas por policiais em atividade ou de folga. No caso daqueles que estavam em serviço quando a morte foi registrada, a SSP-SP calcula 112 óbitos no 3º trimestre deste ano. O valor responde por 73% das mortes por policiais no período.

A operação Escudo, que começou em 28 de julho na Baixada Santista (SP), é uma das principais responsáveis pela alta nos números. Ao todo, a ação deixou 28 mortos.

A operação foi anunciada pela Polícia Militar de São Paulo depois do assassinato do soldado da Rota Patrick Bastos Reis, no Guarujá. O plano inicial era localizar e prender os suspeitos pelo ataque. No entanto, mesmo depois da prisão de 3 suspeitos, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) anunciou que os policiais ficariam por mais 30 dias na região. O objetivo seria combater o tráfico de drogas local.

Quanto à morte de policiais civis e militares, a SSP-SP afirma que 5 profissionais morreram no 3º trimestre de 2023. Até o mês de setembro, o Brasil contava com 20 policiais mortos neste ano. Os números incluem aqueles que estavam em serviço ou de folga no momento em que foram executados.

Em nota enviada ao Poder360, a Secretaria de Segurança Pública declarou que os altos números de mortes por intervenção policial tem como motivo a “a ação dos criminosos que optam pelo confronto, colocando em risco tanto a população quanto os participantes da ação”. Afirmou que, até setembro deste ano, 141.835 detenções foram realizadas pela polícia. “No período, ocorreram 283 mortes decorrente de intervenção de policiais em serviço, representando 0,19% do total de prisões realizadas”.

Leia a íntegra abaixo:

“A SSP investe permanentemente no treinamento das forças de segurança e em políticas públicas para reduzir as mortes em confronto, com o aprimoramento nos cursos e aquisição de equipamentos de menor potencial ofensivo, entre outras ações voltadas ao efetivo. Uma Comissão de Mitigação e Não Conformidades analisa todas as ocorrências de mortes por intervenção policial e se dedica a ajustar procedimentos e revisar treinamentos.

“Os números de mortes decorrentes de intervenção policial (MDIP) indicam que a causa não é a atuação da polícia, mas sim a ação dos criminosos que optam pelo confronto, colocando em risco tanto a população quanto os participantes da ação. O trabalho das forças policiais nos nove primeiros meses no Estado, resultou na detenção de 141.835 infratores, 5,3% a mais que no mesmo período de 2022. No período, ocorreram 283 mortes decorrente de intervenção de policiais em serviço, representando 0,19% do total de prisões realizadas. Todos os casos dessa natureza são investigados, encaminhados para análise do Ministério Público e julgados pelo Poder Judiciário.

“A pasta também investe em políticas públicas visando à diminuição das mortes de todos os seus policiais. Entre as medidas está o investimento em tecnologia. Além disso, os policiais contam com apoio de equipamentos e com treinamentos constantes. As mortes são investigadas pela Polícia Civil e por uma divisão especializada da Corregedoria da PM, a “Divisão de PM Vítima”, responsável por acompanhar e atuar para o esclarecimento dos crimes contra os policiais.

“A SSP reforça que o programa de câmeras corporais segue em operação na PM, com 10.125 em funcionamento em todos os batalhões da Capital e RMSP, assim como em algumas unidades de Santos, Guarujá, Campinas, Sumaré e São José dos Campos. A atual gestão promove estudos para expandir o programa para outras regiões do estado e também realiza uma licitação para a aquisição de 3 mil câmeras para a instalação em viaturas da corporação.”

Leia mais em Poder360

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