O MPE (Ministério Público Eleitoral) abriu na 2ª feira (16.set.2024) uma investigação para apurar as circunstâncias da briga entre os candidatos à Prefeitura de São Paulo José Luiz Datena (PSDB) e Pablo Marçal (PRTB), que resultou em Datena dando uma cadeirada em Marçal. A informação foi divulgada pela CNN Brasil.
Em nota (leia a íntegra mais abaixo), o MPSP (Ministério Público de São Paulo) também se manifestou sobre o episódio. O órgão disse que tomará as “medidas cabíveis para garantir a lisura do pleito”, reprimindo comportamentos que colocam a democracia “em xeque”.
O Poder360 procurou o MPE por meio de e-mail para confirmar a abertura da investigação. Não houve resposta até a publicação desta reportagem. O texto será atualizado caso uma manifestação seja enviada a este jornal digital.
DATENA X MARÇAL
A confusão entre Datena e Marçal se deu durante debate com os candidatos à Prefeitura de São Paulo na TV Cultura.
Antes da agressão, Marçal foi sorteado para fazer uma pergunta a Datena. Perguntou ao apresentador quando ele irá desistir da disputa. No 2º bloco, o clima entre os 2 candidatos já havia esquentado, quando Marçal acusou o jornalista de ter assediado sexualmente uma mulher.
Em resposta, Datena afirmou que a acusação a qual Marçal se referia foi arquivada pelo Ministério Público por falta de provas.
O ex-coach voltou a provocar o apresentador e perguntou novamente quando ele deixará a disputa pela Prefeitura de São Paulo.
“O Brasil quer saber, São Paulo quer saber, que horas você vai parar, você não respondeu à pergunta. A gente quer saber, você é um arregão, você atravessou o debate esses dias para me dar um tapa, e falou que queira ter feito, você não é homem para isso”, disse Marçal.
Depois desse momento, Datena foi para cima de Marçal com uma cadeira.
Nas imagens, momento em que Datena joga a cadeira em Marçal. “TV Cultura” interrompeu programação para chamar comerciais Eis a íntegra da nota divulgada pelo Ministério Público de São Paulo na 2ª feira (16.set): “O MPSP vem a público manifestar sua veemente reprovação às cenas presenciadas na noite deste domingo, quando a falta de urbanidade e lhaneza demonstrada por candidatos que pleiteiam o cargo de prefeito da maior cidade do país culminou em agressão física. Desperdiçou-se, assim, a oportunidade de debater ideias e esclarecer os mais de 9 milhões de eleitores que irão às urnas no dia 6 de outubro para exercer um direito inalienável de todo cidadão: votar. Perplexa, a população paulistana, cujos direitos compete ao Ministério Público resguardar, conforme estabelece a Constituição Federal, em seu artigo 127, espera que, daqui em diante, o processo eleitoral siga da forma mais tranquila possível, limitando-se os embates ao campo das ideias, como deve ser. O MPSP informa ainda que a instituição, por intermédio dos promotores de Justiça com atribuição eleitoral, tomará as medidas cabíveis para garantir a lisura do pleito, reprimindo comportamentos que colocam em xeque a democracia, valor tão prezado pelo conjunto dos brasileiros.
“Paulo Sérgio de Oliveira e Costa
“Procurador-geral de Justiça”