O ministro da Defesa, José Múcio, afirmou nesta 6ª feira (22.set.2023) que muitos militares do governo Jair Bolsonaro (PL) “não desejavam largar o poder” durante a transição para a chegada do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
“Na realidade, a gente percebia que muita gente não desejava sair do poder. Largar o poder. Dia 1º de janeiro, as Forças Armadas garantiram a posse do presidente e estamos vivendo a nossa plenitude democrática”, declarou Múcio na saída do Ministério da Defesa.
O almirante Almir Garnier, ex-comandante da Marinha no governo Bolsonaro, foi citado na delação de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-chefe do Executivo, à Polícia Federal como um apoiador do plano de golpe de Estado.
Na 5ª (21.set), Múcio afirmou que sabia da “intenção golpista” do almirante, mas que classificou como uma “coisa pessoal”. Já nesta 6ª (22.set), o ministro disse que ex-comandante da Marinha foi o único que não o recebeu na transição de governo.
Sobre uma possível convocação de Garnier para CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do 8 de Janeiro, Múcio afirmou que o presidente da comissão, deputado Arthur Maia (União-BA), e a relatora Eliziane Gama (PSD-MA) são soberanos para escolha.
“Eles são soberanos, o presidente e a relatora, a CPI e o Congresso. Pode convocar quem quiser. Eu acho que, se for para esclarecer, eles têm toda autoridade e têm poder para fazer isso”, declarou o ministro.