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Não é prioridade recriar Ministério da Segurança Pública, diz Dino

Publicado 25.10.2023, 13:30
© Reuters.  Não é prioridade recriar Ministério da Segurança Pública, diz Dino

O ministro Flávio Dino (Justiça e Segurança Pública) disse nesta 4ª feira (25.out.2023) que a recriação do Ministério da Segurança Pública “não é prioridade no momento”. Declarou, entretanto, que ainda não conversou sobre o assunto com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O chefe do Executivo cogita criar o novo ministério, que hoje está vinculado ao da Justiça.

“Este debate tem décadas. O Ministério da Justiça tem 201 anos. Nesses 201 anos, em 200 anos ele foi integrado e em 1 ano houve essa separação. Minha posição técnica é bastante conhecida. O presidente Lula não tocou nesse assunto ainda. Imagino que ele pense nisto. Outros especialistas defendem, mas, na minha ótica, não é prioridade no momento”, disse Dino em entrevista a jornalistas.

Dino deu a declaração na chegada ao Congresso Nacional. O ministro participa nesta 4ª feira de audiência da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara. Ele veio à Casa Baixa atendendo a um convite depois de faltar duas a convocações, de presença obrigatória, da Comissão de Segurança Pública.

A recriação do ministério deve ser discutida por Lula em reunião com Dino e José Múcio (Defesa). Caso decida criar o novo órgão, Lula ficaria com 39 ministérios na Esplanada. Empataria com o recorde de Dilma Rousseff, no 2º mandato.

Sobre a situação da segurança pública no Rio de Janeiro, Dino afirmou que o governo debate intensificar as ações federais no Rio de Janeiro, mas descartou uma intervenção.

“Nós não vamos substituir o Estado porque isso seria inconstitucional […] O nosso caminho nesse momento é fazer a coordenação federativa, ou seja, implementar aquilo que está na lei, o Sistema Único de Segurança Pública, em que o Estado exerce suas atribuições com a suas policiais e o governo federal auxilia”, disse.

O ministro também afirmou que o governo avalia o uso das Forças Armadas de forma “subsidiária” para o apoio no Rio de Janeiro. “É um modelo que está sob a mesa [de discussão]”, declarou.

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