👀 Não perca! As ações MAIS baratas para investir agoraVeja as ações baratas

Novo 'blocão' inclui aliados do PT e mostra força de Lira sobre Lula

Publicado 13.04.2023, 05:50
© Reuters.  Novo 'blocão' inclui aliados do PT e mostra força de Lira sobre Lula

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), conseguiu formar o maior bloco parlamentar da Casa, com nove partidos e 173 deputados. O novo grupo será o fiel da balança em qualquer votação importante para o Palácio do Planalto. Com o arranjo, Lira mostra poder em relação à governabilidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A composição foi anunciada nesta quarta, 12, um dia depois da instalação de comissões mistas para analisar medidas provisórias de Lula, em uma queda de braço perdida por Lira no duelo com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). O senador está na China com o petista, em viagem oficial (mais informações na página ao lado).

O "blocão", como já é conhecido, abriga PP, União Brasil, PSB, PDT, PSDB-Cidadania, Solidariedade, Avante e Patriota. Embora conte com partidos de centro-esquerda e aliados do governo, como PDT e PSB do vice-presidente Geraldo Alckmin, o grupo isolou a federação PT-PCdoB-PV, com 81 deputados, e também o PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, com 99.

O movimento de Lira ocorreu após o racha do Centrão, que ele lidera. Há duas semanas, o Republicanos, que integrava o núcleo duro do Centrão, deixou o grupo para formar um bloco com MDB, PSD, Podemos e PSC, com 142 deputados. A nova correlação de forças também envolve cargos e até a antecipação da disputa pela presidência da Câmara, daqui a dois anos.

Em sua rápida reação, Lira mandou recados ao Planalto, que depende de suas articulações políticas. Líderes de partidos afirmaram, porém, que o "blocão" pode fortalecer Lula. Até mesmo o deputado Elmar Nascimento (União Brasil-BA), vetado pelo PT para ocupar um cargo na Esplanada, disse que não há interesse do grupo em criar "qualquer tipo de celeuma" com o governo.

'Base sólida'

"Nós, do PSB, do PDT, do Solidariedade, partidos do campo de centro-esquerda, aliados de primeira hora do presidente Arthur Lira, vamos iniciar a largada desse bloco simbolizando que é um bloco que vai procurar ajudar o presidente Lula a pavimentar a governabilidade e ter uma base sólida aqui na Câmara", disse o deputado Felipe Carreras (PSB-PE). Carreras será o primeiro líder do bloco, com mandato de dois meses.

Haverá rodízio na liderança do novo bloco, que será ocupada, inicialmente, por legendas "afinadas" com o Planalto. A Coluna do Estadão mostrou, porém, que a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, tentou dissuadir os aliados de aderir ao grupo até o último momento.

Carreras disse ainda que Lira não participou nem interferiu na criação do bloco. O deputado do PSB agradeceu ao PP e ao União Brasil, os dois maiores partidos do grupo, por decidirem se aliar a legendas menores. Dentro do maior bloco da Casa, todas essas siglas terão mais poder para compor comissões mistas de MPs e reivindicar relatorias de projetos.

Forças

"É um momento novo que o nosso país vive, fruto, sobretudo, da nossa legislação eleitoral, com que as forças políticas conversem entre si ao proporcionar um protagonismo maior da Câmara dos Deputados, no sentido de fazer as coisas andarem", disse Elmar. Para ele, a decisão de entregar a partidos alinhados com o governo a prioridade na liderança do bloco demonstra a disposição de evitar atritos.

Coube ao líder do PDT na Câmara, André Figueiredo (CE), a leitura de um manifesto do grupo, defendendo a "união de forças" após um período de "extremos". Figueiredo será o segundo líder do bloco, depois de Carreras.

"O Brasil vive, atualmente, um momento de oportunidades. Passado o período em que estava dividido em extremos, no qual o diálogo havia sido deixado de lado, é chegada a hora de unir forças para viabilizar o modelo de Nação que o povo quer e precisa", diz um trecho do manifesto.

Novas federações

PDT, PSB e Solidariedade já anunciaram que negociam formar uma federação partidária, o que foi interpretado, nos bastidores, como uma contraposição ao PT no Congresso. Os partidos federados devem atuar de forma conjunta por pelo menos quatro anos, inclusive em eleições majoritárias, como a de presidente e senador, em que só precisam lançar um único candidato.

Houve também uma tentativa de federação entre PP e União Brasil. As negociações travaram em impasses regionais, mas precipitaram conversas de bastidores entre os outros partidos. A própria formação do bloco do Republicanos com as legendas de centro-direita foi vista como uma reação ao movimento do partido de Lira, que também reagiu com a criação do "blocão". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.