Integrantes da oposição do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) repercutiram as falas do presidente em que pede votos para o deputado federal e pré-candidato à Prefeitura de São Paulo Guilherme Boulos (Psol-SP) em um evento pago pela Petrobras (BVMF:PETR4) na 4ª feira (1º.mai.2024).
As críticas vêm tanto de aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) quanto de integrantes de partidos que detém ministérios na gestão petista. Pelo menos 4 autoridades diferentes disseram que entrarão com ações por propaganda eleitoral antecipada.
Durante o evento convocado pelo governo para o Dia do Trabalhador, Lula pediu que “cada pessoa” que votou nele nas 6 eleições que participou, vote também em Boulos nas eleições municipais em outubro deste ano.
Eis a fala completa de Lula:
“Só queria dizer para vocês o seguinte: esse rapaz, esse jovem, ele está disputando uma verdadeira guerra aqui em São Paulo. Ele está disputando com o nosso adversário nacional, ele está disputando contra o nosso adversário estadual, ele está disputando contra o nosso adversário municipal. Está enfrentando 3 adversários. Ninguém derrotará esse moço aqui se vocês votarem no Boulos para prefeito de São Paulo nas próximas eleições. Vou fazer um apelo: cada pessoa que votou no Lula em 1989, em 1994, em 1996, em 2006, em 2010, em 2022, tem que votar no Boulos para prefeito de São Paulo”.
O ato das centrais sindicais patrocinado pela Petrobras custou, aproximadamente, R$ 3 milhões, segundo apuração do Poder360. Além da estatal, o evento contou com uma quantia de R$ 250 mil proveniente da Lei Rouanet e patrocínio do Conselho Nacional do Sesi (Serviço Social da Indústria).
Os deputados federais Kim Kataguiri (União Brasil-SP), Júlia Zanatta (PL-SC) e Carla Zambelli (PL-SP); a senadora Damares Alves (Republicanos-DF) e o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), disseram que vão acionar a Justiça Eleitoral contra as falas de Lula por “campanha eleitoral antecipada” e “desvio de funcionalidade de recursos públicos”.
O evento de 1º de maio foi transmitido ao vivo pelo canal oficial da presidência, mas foi depois apagado do perfil do CanalGov do YouTube. No X (ex-Twitter), o termo “crime eleitoral” está nos trending topics, ou seja, nos termos mais mencionados e procurados na rede social.
Eis a repercussão das declarações de Lula por parte de integrantes da oposição:
Jair Bolsonaro (PL), ex-presidente da República:
Michelle Bolsonaro, ex-primeira-dama:
Flávio Bolsonaro (PL-RJ), senador:
Damares Alves (Republicanos-DF), senadora:
Sérgio Moro (União Brasil-PR), senador:
Nikolas Ferreira (PL-MG), deputado federal:
Carla Zambelli (PL-SP), deputado federal:
Marcel van Hattem (Novo-RS), deputado federal:
Kim Kataguiri (União Brasil-SP), deputado federal:
Deputado federal Ricardo Salles (PL-SP)