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Oposição venezuelana não consegue provar vitória, diz Celso Amorim

Publicado 02.08.2024, 04:01
Atualizado 02.08.2024, 04:10
© Reuters Oposição venezuelana não consegue provar vitória, diz Celso Amorim

O assessor especial da Presidência brasileira, Celso Amorim, disse que o Brasil está decepcionado com a demora na divulgação das atas eleitorais do pleito realizado no domingo (28.jul.2024) na Venezuela. O CNE (Conselho Nacional Eleitoral), órgão sob o comando chavista, divulgou que o presidente do país, Nicolás Maduro (Partido Socialista Unido da Venezuela, esquerda), venceu, mas não divulgou as atas. A oposição contesta os números e fala em fraude.

Amorim declarou que a oposição “não consegue provar” a derrota de Maduro. As declarações foram feitas em entrevista para o jornalista Kennedy Alencar, da Rede TV!, gravada na manhã de 5ª feira (1º.ago.2024). À noite, o Departamento de Estado dos EUA afirmou que Maduro perdeu a eleição. Segundo o órgão, os boletins divulgados pela oposição mostram a vitória de Edmundo González Urrutia (Plataforma Unitária Democrática, centro-direita).

Amorim disse que, em sua percepção, o dia da eleição transcorreu de forma tranquila. “A questão que se coloca depois é a demora da apuração e na contradição entre a oposição e o governo em relação à oposição”, declarou. Sobre o anúncio do CNE de que Maduro foi o vencedor do pleito, Amorim disse que “a oposição consegue colocar dúvidas”, mas “não provar o contrário”.

O Planalto tem se mantido cauteloso sobre a questão. Na 5ª feira (1º.ago), os governos do Brasil, do México e da Colômbia divulgaram um comunicado conjunto em que reforçam a cobrança à Venezuela para que os dados dos comprovantes das urnas de votação sejam publicados de forma desagregada e que seja permitida a verificação imparcial dos resultados.

Eu acho que o Brasil evita atitudes precipitadas nessas questões, porque, muitas vezes, você precisa realmente de tempo”, declarou, acrescentando que o Brasil está decepcionado com a demora da divulgação das atas eleitorais.

Amorim afirmou que “há uma expectativa” que o governo da Venezuela “possa provar” o resultado “que alega ter tido”. Segundo ele, o sistema eleitoral venezuelano é “reconhecido pela própria oposição” como sendo “invulnerável”. O assessor especial declarou: “Você não tem como falsificar um voto pela pela maneira pela como ele corre, as comprovações que são dadas imediatamente. Então, ele é invulnerável. A dúvida é, realmente, se a contagem corresponde às atas”.

Ele afirmou ter questionado Maduro sobre a divulgação das atas durante o encontro que tiveram na 2ª feira (29.jul). “Ele disse que era uma questão de 2 ou 3 dias”, afirmou Amorim, acrescentando que esse tempo “já está passando”.

A falta de clareza na contagem dos votos tem sido criticada tanto pela oposição quanto por observadores internacionais, que exigem transparência no processo eleitoral do país. Na 3ª feira (30.jul.2024), a organização internacional Centro Carter declarou que as eleições na Venezuela “não foram democráticas”. Os representantes da entidade foram acompanhar o pleito.

O processo eleitoral da Venezuela não atendeu aos padrões internacionais de integridade eleitoral em nenhuma de suas etapas e violou inúmeras disposições de suas próprias leis nacionais”, lê-se em comunicado da organização.

A organização citou diversos problemas como dificuldade de registros de eleitores e candidatos, uso da máquina pública em favor de Maduro e incidentes de violência. Apesar disso, lê-se no comunicado, “cidadãos venezuelanos compareceram pacificamente e em grande número para expressar sua vontade no dia da eleição”. No entanto, “seus esforços foram prejudicados pela completa falta de transparência do CNE no anúncio dos resultados”.

Amorim declarou que o Centro Carter, “indiscutivelmente”, não é um órgão manipulado, mas que sempre atuou com “relativa” neutralidade.

Mas o Centro Carter tinha 17 pessoas [durante as eleições venezuelanas]. Como você fazer uma observação para valer com 17 pessoas?”, afirmou o assessor especial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ele não respondeu ao questionamento de Alencar se as conclusões da organização encurralaria Maduro.

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