Organizações que representam o mercado editorial e empresas de jornalismo lançaram na 4ª feira (6.set.2023) uma iniciativa inédita para o uso da IA (Inteligência Artificial) no mercado criativo.
O documento, intitulado “Princípios Globais para a Inteligência Artificial”, tem 26 signatários, entre eles a brasileira ANJ (Associação Nacional de Jornais), que tem associados como os jornais O Estado de S. Paulo, O Globo, Valor Econômico, Zero Hora e outros veículos brasileiros.
O texto tem o objetivo de impulsionar a inovação e criar novas oportunidades de negócios, ao mesmo tempo que desenvolve a tecnologia de forma “responsável e sustentável”. Eis a íntegra (PDF – 452 Kb).
O documento também aborda princípios a serem seguidos para que esse desenvolvimento seja posto em prática de forma ética. “Esses princípios abrangem questões relacionadas à propriedade intelectual, transparência, responsabilidade, qualidade e integridade, equidade, segurança, design e desenvolvimento sustentável”.
Algumas das diretrizes apoiadas pelos signatários são a defesa da propriedade intelectual, transparência sobre uso de dados, privacidade, inclusão de obras e compromisso com a segurança e integridade das informações produzidas.
“Os desenvolvedores e implementadores de IA devem se esforçar para garantir que o conteúdo gerado pela IA seja preciso, correto e completo. É importante que os sistemas garantam que as obras originais não sejam deturpadas”, diz o documento.
A iniciativa também destaca que tecnologias de Inteligência Artificial não sejam usadas para fins anticoncorrenciais, ou seja, que seu uso não favoreça abuso de posição dominantes de empresas ou exclua rivais do mercado.
“Os sistemas de IA devem ser projetados, treinados, implantados e utilizados de acordo com a lei, incluindo princípios de competição […] A implantação de sistemas de IA por plataformas online muito grandes não deve ser usada para consolidar seu poder de mercado, facilitar abusos de domínio ou excluir concorrentes do mercado”, afirma.
Também apoiaram o desenvolvimento desse pacto organizações que representam empresas de entretenimento, editoras e publicações acadêmicas ao redor do mundo.