BRASÍLIA (Reuters) -O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), defendeu nesta terça-feira que a proposta de reforma tributária não passe por fatiamento do texto durante a votação pelos senadores, de forma que seja promulgada em sua totalidade após as discussões na Casa.
“Não temos nenhuma intenção de fatiar a reforma, é importante que haja uma inteireza, considerando o sistema tributário”, disse Pacheco. “É muito importante que seja entregue e promulgada toda a reforma tributária do país."
Em entrevista a jornalistas após reunião com os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e do Planejamento, Simone Tebet, Pacheco afirmou que a tramitação da proposta terá análise da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) antes de seguir para votação final no plenário do Senado, uma exigência do regimento da Casa.
O senador estimou que esses debates levarão cerca de dois meses, sendo possível promulgar a reforma no meio do segundo semestre deste ano. Ele ressaltou que será respeitado o tempo necessário para a maturação do texto no Senado.
Pacheco ainda confirmou que o senador Eduardo Braga (MDB-AM) será o relator da reforma na Casa. Mais cedo, duas fontes haviam antecipado à Reuters que Braga seria o relator do texto, que foi aprovado na semana passada pela Câmara dos Deputados.
Na entrevista, o ministro Fernando Haddad disse estar confiante na aprovação da reforma e de outros projetos, como o que muda regras do Carf (Conselho de Administração de Recursos Fiscais) e, segundo ele, pode ser votado em agosto.
(Por Bernardo CaramTexto de Fernando CardosoEdição de Pedro Fonseca)