O ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais) reuniu os ministros de esquerda do governo em jantar realizado na 5ª feira (5.out.2023) para cobrar apoio dos partidos em votações importantes no Congresso.
A reunião é a 2ª de uma série de encontros que iniciou na semana passada com as legendas que integram a base de apoio à gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Mesmo com a entrada de PP e Republicanos no governo, o Executivo ainda enfrenta dificuldades para aprovar medidas no Legislativo.
Além de Padilha, participaram do jantar:
- Anielle Franco (PT) – ministra da Igualdade Racial;
- Sônia Guajajara (Psol) – ministra dos Povos Indígenas;
- Camilo Santana (PT) – ministro da Educação;
- Luciana Santos (PC do B) – ministra de Ciência e Tecnologia;
- Nísia Trindade (sem partido) – ministra da Saúde;
- Margareth Meneses (sem partido) – ministra da Cultura;
- Marina Silva (Rede) – ministra do Meio Ambiente;
- Wellington Dias (PT) – ministro do Desenvolvimento Social.
O 1º encontro do tipo realizado por Padilha foi na semana passada com os ministros dos partidos do Centrão: André Fufuca (PP-MA) e Silvio Costa Filho (Republicanos-PE).
Mesmo com os apelos pela reorganização da base, o governo teve reveses no Congresso nesta semana. Havia, por exemplo, uma expectativa pela aprovação do projeto de tributação das offshores e dos fundos exclusivos, mas, sem consenso, a votação ficou para 24 de outubro.
No encontro, Padilha cobrou compromisso com a aprovação da reforma tributária, que está sendo discutida no Senado. O texto é um dos mais importantes para aumentar a arrecadação no próximo ano. O atraso é mais uma das várias frustrações recentes que o governo teve.
Além da pressão por vitórias no Congresso, o ministro da articulação política também discutiu com os colegas medidas para recompor a economia e a garantia de recursos para programas sociais. Também cobrou a liberação de emendas direcionadas por congressistas acordadas com o governo em troca de apoio no Congresso.
Depois dos encontros, Padilha criou um grupo de Whatsapp para facilitar a comunicação entre os ministros e o monitoramento das votações.