O Partido Republicano oficializou nesta 6ª feira (13.out.2023) a indicação do deputado Jim Jordan para a presidência da Câmara dos EUA. O congressista de Ohio é a 2ª sugestão do partido para ocupar o cargo. Apesar de ter chegado a definição de indicá-lo, o partido decidiu adiar a votação que pode efetivá-lo na presidência devido à divisão interna e a incerteza de que conseguirão aprovar o nome no congresso.
Jordan venceu o deputado Austin Scott, da Geórgia, na disputa interna do partido por 124 a 81. A margem é considerada pequena, tendo em vista que o congressista ainda precisa conseguir a maioria de 218 dos votos na Câmara para conquistar o cargo e seu perfil mais conservador pode afastar qualquer apoio da ala Democrata.
Outro fator que pode prejudicar a candidatura de Jordan, que precisará ter algum apoio democrata para chegar a presidência, é o suporte do ex-presidente republicano Donald Trump.
Trump é uma das figuras mais emblemáticas da política norte-americana e uma forte ameaça à reeleição do presidente Democrata, Joe Biden, nas eleições de 2024.
Dessa forma, a chegada de Jordan à presidência pode ser vista como uma vitória de Trump, o que fortaleceria seu nome em uma eventual disputa ao cargo máximo dos EUA.
TROCA DE COMANDO
No início de outubro, Jordan disputou a indicação para a presidência da Casa com Steve Scalise e saiu derrotado. Contudo, Scalise desistiu de sua candidatura na 5ª feira (12.out). Dessa forma, o cargo permanece cercado de incertezas desde a destituição do ex-presidente da Câmara, Kevin McCarthy.
O ex-presidente foi deposto depois de a Casa aprovar uma moção por 216 votos a favor e 210 contra para retirá-lo do cargo na 3ª feira (3.out).
A ação foi aberta pelo deputado republicano Matt Gaetz na 2ª feira (2.out). A decisão de Gaetz se deu depois que o Congresso dos EUA aprovou um projeto de lei que libera provisoriamente o financiamento para as agências e órgãos federais do país a fim de evitar um “shutdown”.
McCarthy teve dificuldades de aprovar o financiamento e teve que ceder a exigências dos deputados democratas, o que irritou colegas da ala mais conservadora de seu partido.