O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), culpou o Psol, partido do deputado e pré-candidato à Prefeitura Guilherme Boulos, pela greve dos metroviários e ferroviários iniciada nesta 3ª feira (3.out.2023). A paralisação afeta 9 linhas de trem e metrô.
“Lamentamos que nossa população seja prejudicada por uma greve ideológica, apoiada por partidos como o Psol, da presidente do Sindicato dos Metroviários. Uma greve que não está, sequer, respeitando decisão da Justiça. Estamos trabalhando para ajudar aqueles que realmente trabalham”, escreveu Nunes em seu perfil no X.
Nunes seguiu afirmando que o rodízio de veículos está suspenso nesta 3ª feira (3.out), mas que as aulas das escolas municipais estão mantidas para os pais terem onde deixar os filhos. O prefeito ainda declarou que a greve é “provocada por sindicatos que manipulam trabalhadores do transporte público com intuito político-partidário”.
“Quero reforçar que estamos fazendo o possível para minimizar os estragos provocados por essa greve político-ideológica. Nos mantemos ao lado da São Paulo que acorda todos os dias disposta a fazer o melhor. São Paulo de gente trabalhadora jamais será terra de baderna e quebradeira”, disse Nunes.
A presidente do Sindicato dos Metroviários de São Paulo é a socióloga Camila Lisboa, uma das líderes da greve. Ela integra uma das correntes políticas do Psol, segundo consta na descrição de seu perfil no Instagram.
Na manhã desta 3ª (3.out), Lisboa afirmou que o governador do Estado, Tarcísio de Freitas (Republicanos), era o culpado pela paralisação.
“Essa greve só está acontecendo porque o governador Tarcísio não topou a catraca livre”, disse a sindicalista em entrevista à Band. “Se o governador estivesse preocupado realmente com o trânsito da população, ele aceitaria esse desafio, se preservaria o direito de protesto dos trabalhadores e, ao mesmo tempo, as pessoas poderiam se deslocar.”
Pré-candidato à Prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos também foi às redes sociais comentar sobre a greve desta 3ª feira. Segundo ele, a “intransigência” do governo de Tarcísio é responsável pela situação.
“Os trabalhadores propuseram em juízo liberar as catracas em vez da paralisação para não prejudicar os usuários. O governo estadual recusou a proposta. Apostou no conflito e não no diálogo”, publicou Boulos em seu perfil no X (ex-Twitter).