O ministro da Economia da Argentina e candidato à presidência do país, Sergio Massa (Unión por la Patria), disse na noite de 2ª feira (4.set.2023) que, seja com vitória “no 1º ou no 2º turno”, seu bloco político continuará governando.
Massa aparece em 2º lugar nas pesquisas de intenções de voto para o 1º turno, marcado para 22 de outubro. Ele tem 32,3%, contra 38,5% de Javier Milei (La Liberdad Avanza) e 23,7% de Patricia Bullrich (Juntos por el Cambio), segundo levantamento da Faculdade de Psicologia da Universidade de Buenos Aires.
De acordo com pesquisa da consultoria Opinaia, em um provável 2º turno –agendado para 19 de novembro, Massa perderia nos cenários contra Millei e Bullrich.
Para turbinar a campanha, o candidato governista participou de um jantar para angariar fundos no Parque Norte, na capital argentina. O evento reuniu autoridades, lideranças políticas, empresários e sindicalistas, que fizeram contribuições de até US$ 5 milhões, segundo o Clarín.
De acordo com Massa, os aportes são “um sinal de confiança maior que o voto”. Na sequência, o ministro anunciou os nomes de todos os que compraram mesas para o jantar, “para que posteriores suspeitas de financiamento e venda de candidaturas não surjam”.
O candidato também aproveitou o discurso para criticar as propostas de seus principais rivais no pleito. “O que está em jogo é entregar a soberania com a dolarização, a dolarização covarde, ou nos resignar a perder a capacidade como país de escolher o projeto de desenvolvimento”, falou.
Afirmou que, se eleito, construirá um governo de “unidade nacional”, para avançar na reconstrução da moeda, na simplificação fiscal, numa economia formalizada e em um projeto de desenvolvimento produtivo. “Temos que quebrar os pêndulos que nos colocam entre avanços e retrocessos, que nos apresentam a ruptura campo-indústria, entre o interior e Buenos Aires, e que em outro momento querem nos envenenar com antagonismos políticos”, prometeu.