O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região decidiu estender a greve na GM (General Motors (NYSE:GM)) nesta 6ª feira (27.out.2023). A decisão foi anunciada depois de saírem sem acordo das reuniões realizadas entre representantes do Ministério do Trabalho e Emprego, da GM e do sindicato.
Os metalúrgicos estão paralisados desde 2ª feira (23.out), pedindo o cancelamento das 1.200 demissões anunciadas no sábado (21.out) por meio de telegrama. A categoria também exige estabilidade no emprego e manutenção dos postos de trabalho.
Durante a mediação coletiva na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego do Estado, em São Paulo, a GM suspendeu até 4ª (1º.nov.2023) o pagamento das multas rescisórias e do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) aos funcionários demitidos. Em entrevista à Folha de S. Paulo, o superintendente Marcus Alves de Mello disse que essa é uma estratégia para “ganhar tempo”.
“O pagamento das verbas rescisórias e dos depósitos do FGTS seria feito hoje [na 6ª]. Ganhamos um prazo até 3ª para negociar e reverter [as demissões] mais facilmente”, disse o servidor do MTE (Ministério do Trabalho e Emprego) em São Paulo. “A partir do momento em que você já pagou todas as verbas, fica mais difícil. Parece pouco, mas já foi uma grande vitória.”
Uma nova reunião entre as partes foi marcada para 3ª (31.out).
Em outra audiência de conciliação, realizada no TRT-15 (Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região), em Campinas, o desembargador João Alberto Alves Machado propôs a suspensão das demissões na unidade de São José dos Campos, mas a montadora não aceitou, segundo o sindicato. Uma nova audiência foi marcada para 8 de novembro.
O sindicato continua reivindicando o cancelamento das demissões. “Nossa prioridade é a manutenção dos postos de trabalho nas três plantas”, disse o vice-presidente do Sindicato da organização, Valmir Mariano.