O Senado da França aprovou na 2ª feira (30.out.2023) um projeto de lei que proíbe o uso oficial da linguagem inclusiva no país. O texto agora será votado por deputados. Ainda não há data para isso. O presidente Emmanuel Macron disse ser contra o uso da linguagem neutra e afirmou que “em francês, o masculino é o neutro”.
Macron citou a necessidade de a França “não ceder às marés do tempo” e rejeitar a linguagem inclusiva para salvaguardar a língua francesa.
“Não há necessidade de adicionar pontos no meio das palavras, ou hifens, ou qualquer outra coisa para torná-la legível”, disse Macron. Ele também declarou que o francês é uma língua que “constrói a unidade da nação”.
“Precisamos deixar de viver esta língua, de se inspirar nos outros, de roubar palavras, inclusive do outro lado do mundo (…) para continuar a inventar, mas também para manter os seus alicerces, os fundamentos da sua gramática”, disse Macron.
A iniciativa do Senado visa a anular a validade de qualquer documento que use a linguagem inclusiva.
Os novos termos incorporados ao francês para o gênero neutro incluem, por exemplo, o “iel” para substituir os pronomes “il” e “elle”, que significam “ele” e “ela” em português, respectivamente.