O TPS (Teste Público de Segurança da Urna) traz este ano algumas novidades. A principal delas é o uso dos modelos mais recentes das urnas eletrônicas (UE 2020 e UE 2022) nas atividades programadas.
Durante o evento, que faz parte do calendário da Justiça Eleitoral, qualquer brasileiro maior de 18 anos pode apresentar um plano de ataque aos sistemas eleitorais para ajudar a aprimorar o processo eletrônico de votação.
Na última edição do TPS, em 2021, foram usados os modelos de urnas UE 2015. Todos os 29 planos de ataque realizados durante as atividades não foram bem-sucedidos e nenhuma vulnerabilidade foi encontrada.
Criado para aprimorar o processo eletrônico de votação e fortalecer a confiabilidade, a transparência e a segurança da captação e da apuração dos votos, além de ajudar no aperfeiçoamento do processo eleitoral, o TPS, previsto na Resolução nº 23.444, de 30 de abril de 2015, é realizado, preferencialmente, no ano anterior às eleições.
Em 2023, o teste será de 27 de novembro a 1º de dezembro, em um espaço reservado para o evento na sede do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), em Brasília (DF).
Urnas 2020 e 2022
As urnas modelos UE 2020 e UE 2022 são praticamente idênticas, com novos recursos de acessibilidade e novidades em termos de segurança, transparência e agilidade.
Os equipamentos tiveram a capacidade de processamento aumentada em 18 vezes, ganharam tela sensível ao toque no terminal do mesário e tiveram o perímetro criptográfico do hardware de segurança certificado com base nos requisitos da Infraestrutura Pública de Chaves Criptográficas (ICPBrasil).
Inscrições
As inscrições para o TPS 2023 já estão abertas. Os interessados podem encaminhar o formulário de pré-inscrição preenchido e os documentos comprobatórios exigidos no edital até o dia 8 de setembro, mesma data de publicação das pré-inscrições aprovadas. No mesmo dia será aberto o prazo para a apresentação de recurso da fase de pré-inscrição, que terminará em 12 de setembro.
Etapas do TPS
As ações do TPS têm o objetivo de identificar eventuais vulnerabilidades ou falhas relacionadas à violação da integridade ou do anonimato dos votos de uma eleição e também apresentar as respectivas sugestões de melhoria.
As atividades envolvem várias etapas, desde a apresentação dos sistemas eleitorais aos participantes e a abertura dos códigos-fonte, até o recebimento dos planos de ataque e o período de ataque propriamente dito.
Depois destas etapas e da correção das possíveis falhas, o TSE convida novamente as investigadoras e os investigadores para testar os sistemas e verificar as correções.
Com informações do TSE